O detentor do título estadual estreou com vitória no Rio de Janeiro. Atuando no estádio Olímpico João Havelange, a equipe do Botafogo foi para o intervalo perdendo por 1a0 para o Duque de Caxias - placar que persistiu até os 33 minutos do segundo tempo - mas num intervalo de 5 minutos conseguiu os dois gols que lhe deram a vitória na abertura de uma rodada dupla que contou também com a vitória do Fluminense sobre o Bangu (1a0).
O jogo
Na quente tarde no bairro do Engenho de Dentro, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, Botafogo e Duque de Caxias faziam uma partida sem grandes emoções. Eram poucas as chegadas perigosas ao ataque, destacando-se um chute de Ari, que não entrou porque Jéfferson realizou grande defesa no canto esquerdo. Se faltavam emoções ao jogo, o árbitro Marcelo de Lima Henrique tratou de dar sua "contribuição", flagrando o braço de Lucas em Geovane Maranhão e marcando pênalti a favor do Duque de Caxias. A cobrança de Somália nem foi das melhores, mas a bola estufou o quadrante 7 e inaugurou o marcador aos 40 minutos.
Com 3 zagueiros, 2 volantes e pouquíssima criatividade, Joel Santana mexeu no time durante o intervalo: saíram João Filipe e Guilherme para as entradas de Bruno Tiago e Alex. Mais leve e arisco, o Botafogo passou a dominar a partida e a criar chances. Mas o que efetivamente mudou o panorama do jogo dentro das quatro linhas teve influência direta das arquibancadas: é que a torcida do Fluminense, que chegava ao Engenhão no aguardo do jogo de fundo, passou a gritar no Setor Leste do estádio e imediatamente arrancou reações dos alvinegros. Houve provocações entre os clubes e, o mais importante, incentivos ao time que até aquele momento perdia a partida. Empurrados pelos gritos e cânticos que enfim preenchiam o campo de jogo, os jogadores conseguiram a virada em um intervalo de cinco minutos.
Aos 33 minutos, um bate-rebate danado na área caxiense terminou com um chute forte de Caio estourando na marcação de Lugão, que no entender de Marcelo de Lima Henrique colocou a mão intencionalmente na bola: pênalti. Sebastián "El Loco" Abreu cobrou alto, no meio, mandando a bola no travessão e na rede. Comemorou seu primeiro gol na temporada pegando a redonda e levando consigo para a reposição da bola em jogo.
A alegria botafoguense se intensificou e o segundo gol não tardou em vir: aos 37 minutos, "Loco" Abreu tocou atrás para Renato Cajá e o meia deu belo passe para Caio, que apareceu em liberdade pelo lado direito e virou o placar com um chute firme, sem chances para Erivélton.
A torcida naquela altura era pura euforia. E o time, deixando as arquibancadas guiarem-no, seguiu atacando na busca pelo terceiro gol. Mas o apito final soou e o placar ficou mesmo 2a1. Como na seqüencia havia Bangu e Fluminense, alguns botafoguenses permaneceram no estádio para fortalecer os incentivos ao Alvirrubro da Zona Oeste. Afinal, a festa não pode parar.
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