Concluída a fase de oitavas-de-final, vamos a algumas observações sobre os acontecimentos nessa Copa do Mundo 2010.
[1] É de caráter prioritário que a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) traçe um plano de metas onde a introdução da tecnologia eletrônica no futebol esteja no topo da lista. Os "erros" de Jorge Luis Larrionda Pietrafesa, Roberto Rosetti e companhia podem ser evitados pelo uso de acessórios já existentes em outras práticas esportivas. É uma questão de ética e justiça, e acredito que esses dois valores não devam ser submetidos àquele papo de que "o futebol vive da polêmica";
[2] Pela primeira vez na história das Copas, a América do Sul terá mais representantes que a Europa na fase de quartas-de-final. Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai chegam até aqui como líderes de seus grupos e não somam uma única derrota no torneio. Mas verdade seja dita: talvez com a exceção dos uruguaios, todos os outros terão sua maior prova no Mundial na próxima partida;
[3] Argentina e Holanda são as únicas seleções com 100% de aproveitamento. Os próximos compromissos são de alto grau de dificuldade, e uma nova vitória as colocaria definitivamente com o nome no topo da lista de favoritos;
[4] Gana, a única remanescente do continente-sede, sonha em ser a primeira africana da história das Copas a alcançar a fase semifinal. É zebra diante do Uruguai, mas está em seu 'habitat natural';
[5] Não que seja tão trágico quanto o horripilante mecanismo do "gol de ouro", mas a definição da classificação nas penalidades é uma pancada dolorosa naquele que perde. Um chute no travessão separar classificado de eliminado após mais de duas horas de disputa com igualdade persistente é, no mínimo, algo a ser discutido com cautela;
[6] Holanda e Brasil. Promessa de gols e de boa partida. São duas seleções que não sofreram 1a0 de ninguém, isto é, se acostumaram a abrir o placar diante dos adversários. Como trata-se de um duelo longe de ter uma cara de zero-a-zero, como se comportaria a seleção que saísse atrás no marcador? Detalhe: nas oitavas, quem fez o primeiro gol do jogo sempre se classificou;
[7] Das classificadas, a Alemanha teve o adversário mais difícil das oitavas e já pega outra candidata a título nas quartas. Está com um futebol vistoso, contrastante com aquilo que é tradicional de vermos nas antigas seleções alemães. Até onde poderão ir os comandados do revolucionário Joachim Löw?;
[8] A Espanha jogou contra duas retrancas, perdendo na estréia e vencendo na fase eliminatória. Quando pegou um time que gosta de atacar, venceu novamente. Aparentemente, o Paraguai será uma presa fácil, apesar de só ter sofrido um gol no Mundial (de bola parada, na estréia diante dos italianos). Gerardo Martino, fã de Marcelo Bielsa, armará um time para atacar os espanhóis ou se baseará nos contra-ataques? O fato é que, surpresas à parte, tudo indica que a Espanha avance e continue a encantar os fãs do futebol bem jogado.
Vamos à seleção das oitavas.
Titulares
Goleiro: Maarten Stekelenburg (Holanda)
Lateral direito: Sergio Ramos (Espanha)
Zagueiro: Carles Puyol (Espanha)
Zagueiro: Marcus Túlio Tanaka (Japão)
Lateral esquerdo: Carlos Salcido (México)
Volante: Gilberto Silva (Brasil)
Volante: Ramires (Brasil)
Meia: Thomas Müller (Alemanha)
Meia: Wesley Sneijder (Holanda)
Atacante: Carlos Tévez (Argentina)
Atacante: David Villa (Espanha)
Técnico: Vicente Del Bosque (Espanha)
Suplentes
Goleiro: Eduardo (Portugal)
Lateral direito: Cha Du-Ri (Coréia do Sul)
Zagueiro: Francisco Rodríguez (México)
Zagueiro: Nicolás Burdisso (Argentina)
Lateral esquerdo: Giovanni van Bronckhorst (Holanda)
Volante: Mark van Bommel (Holanda)
Volante: Sami Khedira (Alemanha)
Meia: Xavi Hernández (Espanha)
Meia: Landon Donovan (Estados Unidos)
Atacante: Arjen Robben (Holanda)
Atacante: Luis Suárez (Uruguai)
Técnico: Joachim Löw (Alemanha)
Menção honrosa: Diego Forlán (Uruguai), Park Chu-Young (Coréia do Sul), Richard Kingson e Asamoah Gyan (Gana), Michael Bradley e Bob Bradley (Estados Unidos), Nigel De Jong, Dirk Kuyt e Bert van Marwijk (Holanda), Ján Mucha, Radoslav Zabavník e Juraj Kucka (Eslováquia), Lúcio, Juan, Michel Bastos, Kaká, Robinho e Dunga (Brasil), Humberto Suazo, Jean Beausejour e Marcelo Bielsa (Chile), Gabriel Heinze, Javier Mascherano e Lionel Messi (Argentina), Rafa Márquez, Javier Hernández e Javier Aguirre (México), Manuel Neuer, Bastian Schweinsteiger, Mesut Özil, Miroslav Klose e Lukas Podolski (Alemanha), Steven Gerrard e Frank Lampard (Inglaterra), Néstor Ortigoza (Paraguai), Joan Capdevila, Gerard Piqué e Andrés Iniesta (Espanha), Fábio Coentrão e Tiago (Portugal).
Destaque
No dia em que a arbitragem roubou a cena (no sentido mais pejorativo que o verbo admitir), Thomas Müller conseguiu a proeza de também ter se destacado na partida diante da Inglaterra. Com uma atuação de altíssimo nível, se Müller fosse inglês talvez nem Jorge Larrionda conseguiria evitar o avanço do English Team.
Mas não, aquele camisa 13 de andar elegante, grande visão de jogo e exímia precisão para passes e finalizações é cidadão alemão, para felicidade geral daquela nação. No segundo gol, ele não apenas deu a assistência para o chute de Podolski como tivera participado anteriormente na construção da jogada. O 3º e o 4º foram concluídos por ele próprio, ratificando a força do contra-ataque alemão com oportunismo digno de centroavante. Como se não bastasse, o Instituto DataFolha aponta que o meia ainda realizou 4 desarmes no jogo.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
A Festa É Espanhola, Com Certeza
Jogando o bom futebol que apresenta ao mundo desde os tempos da Eurocopa 2008, a Espanha encarou a retranca portuguesa, rodou a bola, buscou alternativas e marcou com o artilheiro David Villa - em posição de impedimento - o gol da classificação para a fase de quartas-de-final. Portugal despede-se da Copa com esse único gol sofrido.
Espanha começa arrasadora, pára em Eduardo, e Portugal cresce aos poucos
Com 1 minuto de bola rolando, Fernando Torres recebe na esquerda, bate cruzado à meia-altura e o goleiro Eduardo Carvalho espalma. No minuto seguinte, David Villa recebe também pelo lado esquerdo, carrega, chuta cruzado e rasteiro, mas Eduardo espalma mais uma vez.
Aos 5 minutos, Torres recebe lançamento no flanco direito, domina no peito e parte pra cima da marcação de Fábio Coentrão: o camisa 9 dá uma meia-lua no ala-esquerdo e o português vai ao corpo do espanhol, em lance de pênalti que o árbitro argentino Héctor Baldassi ignorou.
Na marca de 6 minutos, Villa está com a bola pela esquerda, encara a marcação de Ricardo Costa e chuta rasteiro, parando em nova defesa do goleiro Eduardo, que rebate. 3 minutos depois, Tiago Mendes abre em diagonal para o lado direito visando a ultrapassagem de Ricardo Costa, o camisa 21 chega na bola mas não consegue levar vantagem sobre a defesa espanhola, com o cruzamento saindo fraco e tranqüilo para que Iker Casillas recolhesse.
Com 11 minutos, Xavi Hernández cobra curto um escanteio pelo lado direito, Torres recebe e já gira o corpo para chutar ao gol, mandando por cima do travessão. 5 minutos depois, Cristiano Ronaldo cobrou de forma direta uma falta pelo lado esquerdo e Casillas encaixou.
A Espanha seguia com a bola (62%), mas a intensidade dos minutos iniciais já não era mais vista. Aos 20 minutos, Fábio Coentrão carrega, dribla, passa de lado para Hugo Almeida, que rola para Tiago: camisa 19 chuta com força, Casillas espalma para o alto e ainda volta a intervir no lance evitando possível conclusão de Hugo Almeida.
Aos 27 minutos, Cristiano Ronaldo cobra falta da intermediária e Casillas rebate com o peito após armar-se para encaixar a bola. No minuto seguinte, Villa recebe na esquerda, passa por Ricardo Costa e manda uma bola fechada que cai na rede externa da baliza portuguesa.
Na marca de 38 minutos, Raul Meireles cruza da esquerda, Hugo Almeida dá leve desvio de cabeça e manda à esquerda do gol, tirando Joan Capdevila e Cristiano Ronaldo da jogada. 3 minutos depois, lançamento armando contra-ataque português, Simão Sabrosa surge sozinho e Casillas sai no tempo certo para afastar de carrinho. Com 42', a última chance da primeira etapa: Coentrão recolhe na esquerda, olha pra área e cruza para Tiago, que cabeceia à direita.
Jogo coletivo perfeito e talento individual são coroados no lance do gol
Aos 6 minutos, Hugo Almeida centra a partir da esquerda e Carles Puyol corta com a perna direita, mandando perto da trave esquerda, para susto e alívio espanhol em fração de segundo.
Na marca de 13 minutos, Vicente Del Bosque e Carlos Queiroz promovem as primeiras substituições na partida: Torres por Fernando Llorente e Hugo Almeida por Danny.
Com 15 minutos, Sergio Ramos dá boa enfiada de bola para Llorente, que finaliza com um peixinho frontal defendido brilhantemente por Eduardo. Ainda aos 15', Villa recebe na esquerda, ajeita e chuta rente à trave esquerda.
No minuto seguinte, jogada sensacional com o registro da filosofia de jogo da atual geração espanhola. São muitas trocas de passes nas proximidades da área portuguesa, com a bola circulando pelo gramado da Cidade do Cabo de pé em pé. Num determinado momento, a Jabulani chega em Andrés Iniesta, que passa com o corpo de lado para Xavi, que por sua vez entrega de calcanhar para Villa (adiantado alguns centímetros em relação ao penúltimo homem de defesa). O camisa 7 recebe, chuta, Eduardo rebate, a bola volta na fera e dessa vez não tem jeito: finalização pra dentro do gol, após dar um toquinho no travessão. É o 4º de Villa no Mundial, igualando-se no topo da lista de goleadores com o argentino Gonzalo Higuaín e com o eslovaco Róbert Vittek.
Aos 24 minutos, Iniesta abre na direita, Sergio Ramos chega e chuta cruzado - Eduardo espalma.
Sem esperar muito mais, Queiroz usa suas duas últimas substituições de uma vez: saem Pepe e Simão, entram Pedro Mendes e Liédson.
Na marca de 28 minutos do segundo tempo dessa oitavas-de-final, Xabi Alonso recebe o primeiro cartão amarelo espanhol na Copa do Mundo 2010 após carrinho em Pedro Mendes.
3 minutos depois, Villa chuta de fora pelo lado esquerdo e a bola chega firme e forte, rumo ao quadrante 2, sendo espalmada por Eduardo. Com 34', Tiago calça Villa e recebe o 2º amarelo da partida.
Aos 41 minutos, Villa lança do lado esquerdo para o centro encontrando Llorente, que manda um cabeceio rente à trave esquerda. No minuto seguinte, a 2ª subsituição de Del Bosque: Villa por Pedro Rodríguez.
Ainda na marca de 42 minutos, a defesa espanhola bloqueia bravamente chute cruzado do ataque português. No minuto seguinte, Portugal alça bola na área e, fora do tempo de disputa, Ricardo Costa atinge Capdevila com o cotovelo, sendo expulso pela agressão.
Daí pro final, a Espanha manteve-se segura mesmo quando sob pressão e saía jogando com a bola no chão. Com 47', Carlos Marchena foi convidado a participar da festa e entrou no lugar de Alonso.
Espanha começa arrasadora, pára em Eduardo, e Portugal cresce aos poucos
Com 1 minuto de bola rolando, Fernando Torres recebe na esquerda, bate cruzado à meia-altura e o goleiro Eduardo Carvalho espalma. No minuto seguinte, David Villa recebe também pelo lado esquerdo, carrega, chuta cruzado e rasteiro, mas Eduardo espalma mais uma vez.
Aos 5 minutos, Torres recebe lançamento no flanco direito, domina no peito e parte pra cima da marcação de Fábio Coentrão: o camisa 9 dá uma meia-lua no ala-esquerdo e o português vai ao corpo do espanhol, em lance de pênalti que o árbitro argentino Héctor Baldassi ignorou.
Na marca de 6 minutos, Villa está com a bola pela esquerda, encara a marcação de Ricardo Costa e chuta rasteiro, parando em nova defesa do goleiro Eduardo, que rebate. 3 minutos depois, Tiago Mendes abre em diagonal para o lado direito visando a ultrapassagem de Ricardo Costa, o camisa 21 chega na bola mas não consegue levar vantagem sobre a defesa espanhola, com o cruzamento saindo fraco e tranqüilo para que Iker Casillas recolhesse.
Com 11 minutos, Xavi Hernández cobra curto um escanteio pelo lado direito, Torres recebe e já gira o corpo para chutar ao gol, mandando por cima do travessão. 5 minutos depois, Cristiano Ronaldo cobrou de forma direta uma falta pelo lado esquerdo e Casillas encaixou.
A Espanha seguia com a bola (62%), mas a intensidade dos minutos iniciais já não era mais vista. Aos 20 minutos, Fábio Coentrão carrega, dribla, passa de lado para Hugo Almeida, que rola para Tiago: camisa 19 chuta com força, Casillas espalma para o alto e ainda volta a intervir no lance evitando possível conclusão de Hugo Almeida.
Aos 27 minutos, Cristiano Ronaldo cobra falta da intermediária e Casillas rebate com o peito após armar-se para encaixar a bola. No minuto seguinte, Villa recebe na esquerda, passa por Ricardo Costa e manda uma bola fechada que cai na rede externa da baliza portuguesa.
Na marca de 38 minutos, Raul Meireles cruza da esquerda, Hugo Almeida dá leve desvio de cabeça e manda à esquerda do gol, tirando Joan Capdevila e Cristiano Ronaldo da jogada. 3 minutos depois, lançamento armando contra-ataque português, Simão Sabrosa surge sozinho e Casillas sai no tempo certo para afastar de carrinho. Com 42', a última chance da primeira etapa: Coentrão recolhe na esquerda, olha pra área e cruza para Tiago, que cabeceia à direita.
Jogo coletivo perfeito e talento individual são coroados no lance do gol
Aos 6 minutos, Hugo Almeida centra a partir da esquerda e Carles Puyol corta com a perna direita, mandando perto da trave esquerda, para susto e alívio espanhol em fração de segundo.
Na marca de 13 minutos, Vicente Del Bosque e Carlos Queiroz promovem as primeiras substituições na partida: Torres por Fernando Llorente e Hugo Almeida por Danny.
Com 15 minutos, Sergio Ramos dá boa enfiada de bola para Llorente, que finaliza com um peixinho frontal defendido brilhantemente por Eduardo. Ainda aos 15', Villa recebe na esquerda, ajeita e chuta rente à trave esquerda.
No minuto seguinte, jogada sensacional com o registro da filosofia de jogo da atual geração espanhola. São muitas trocas de passes nas proximidades da área portuguesa, com a bola circulando pelo gramado da Cidade do Cabo de pé em pé. Num determinado momento, a Jabulani chega em Andrés Iniesta, que passa com o corpo de lado para Xavi, que por sua vez entrega de calcanhar para Villa (adiantado alguns centímetros em relação ao penúltimo homem de defesa). O camisa 7 recebe, chuta, Eduardo rebate, a bola volta na fera e dessa vez não tem jeito: finalização pra dentro do gol, após dar um toquinho no travessão. É o 4º de Villa no Mundial, igualando-se no topo da lista de goleadores com o argentino Gonzalo Higuaín e com o eslovaco Róbert Vittek.
Aos 24 minutos, Iniesta abre na direita, Sergio Ramos chega e chuta cruzado - Eduardo espalma.
Sem esperar muito mais, Queiroz usa suas duas últimas substituições de uma vez: saem Pepe e Simão, entram Pedro Mendes e Liédson.
Na marca de 28 minutos do segundo tempo dessa oitavas-de-final, Xabi Alonso recebe o primeiro cartão amarelo espanhol na Copa do Mundo 2010 após carrinho em Pedro Mendes.
3 minutos depois, Villa chuta de fora pelo lado esquerdo e a bola chega firme e forte, rumo ao quadrante 2, sendo espalmada por Eduardo. Com 34', Tiago calça Villa e recebe o 2º amarelo da partida.
Aos 41 minutos, Villa lança do lado esquerdo para o centro encontrando Llorente, que manda um cabeceio rente à trave esquerda. No minuto seguinte, a 2ª subsituição de Del Bosque: Villa por Pedro Rodríguez.
Ainda na marca de 42 minutos, a defesa espanhola bloqueia bravamente chute cruzado do ataque português. No minuto seguinte, Portugal alça bola na área e, fora do tempo de disputa, Ricardo Costa atinge Capdevila com o cotovelo, sendo expulso pela agressão.
Daí pro final, a Espanha manteve-se segura mesmo quando sob pressão e saía jogando com a bola no chão. Com 47', Carlos Marchena foi convidado a participar da festa e entrou no lugar de Alonso.
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Paraguai-Japão Separados Pelo Travessão
No segundo duelo de oitavas-de-final entre América do Sul e Ásia, os sul-americanos conseguiram levar seu 4º representante para a próxima fase, ficando pela primeira vez na história das Copas com mais candidatos que a Europa (3) nessa altura do torneio. Os japoneses se despedem de cabeça erguida, jogando sem qualquer temor dos adversários e vendendo muito caro a classificação, definida nos detalhes das penalidades. Os paraguaios festejam o feito inédito de chegarem nas quartas-de-finais do Mundial.
Japão mostra saber jogar sem a bola
A partida que ficaria por mais de duas horas no 0a0 quase teve um gol-relâmpago: com 15 segundos de bola rolando, a defesa paraguaia sai jogando errado, Yoshito Okubo intercepta e chuta à direita do gol de Justo Villar.
Com 1 minuto, Daisuke Matsui dá carrinho feio e escapa de receber um cartão amarelo, que permaneceu no bolso do árbitro belga Frank De Bleeckere.
Aos 2 minutos, Yuichi Komano tem a bola pela direita, chuta de fora da área e Villar encaixa.
Com 4 minutos, Paulo Da Silva deu carrinho por trás em Okubo e Frank De Bleeckere apitou falta, seguindo o critério que demonstrou anteriormente.
Aos 6 minutos, Roque Santa Cruz, aberto pelo canto direito, tenta lançar pra área e a bola volta nele, que domina no peito, cruza, Edgar Benítez e Komano sobem para a disputa mas ninguém leva vantagem no lance e a bola sai em arremesso lateral.
Na marca de 9 minutos, Eiji Kawashima segura bola levantada na área e prontamente faz bom lançamento ligando contra-ataque, mas Matsui não consegue passar pela marcação adversária.
Nos primeiros 15 minutos de jogo já tínhamos o desenho do que aconteceria por praticamente toda a partida: o Paraguai mais tempo com a bola (naquela altura 60% da posse) e o Japão abusando daquilo que tem de melhor, que é a saída em velocidade.
Com 19 minutos, Lucas Barrios toma a iniciativa no comando de ataque, passa e recebe de volta, entra na área, dá bonito giro para se livrar de Komano e também de Yuji Nakazawa, chuta ao gol mas Kawashima consegue bloquear com bela defesa.
No minuto seguinte, uma resposta contundente dos japoneses: Matsui pega de primeira uma sobra de bola no ataque e manda chute de curva que carimba o travessão.
Aos 27', Claudio Morel Rodríguez cobra escanteio pela esquerda, paraguaios e japoneses disputam no ar mas quem vê a bola na sua frente é Roque Santa Cruz, que chuta de canhota perto da trave esquerda. Foi muita sorte e falta dela ao mesmo tempo: a bola quicou na grama pedindo para ser chutada, mas caiu para a perna que não é a preferida do atacante.
Barrios, que já demonstrara talento em outras oportunidades, mostrou mais uma de seu repertório ao dar uma caneta em Makoto Hasebe, aos 32 minutos.
Com 34', Néstor Ortigoza resolve sair jogando carregando a bola perto da própria área, perde a posse para Keisuke Honda e deixa a tarefa de recuperação para a defesa paraguaia, que acaba conseguindo. É o típico lance que sugere aquela bronca: "aí não é lugar pra brincar".
Aos 35', nova entrada faltosa de Da Silva, que dessa vez derrubou Honda, e novamente nada de cartão. Na cobrança, Yasuhito Endo colocou na área e Roque Santa Cruz mergulhou para afastar antes que a bola chegasse em Marcus Túlio Tanaka.
Na marca de 39 minutos, Matsui desce veloz pela direita, toca de lado e Honda chuta de primeira, à direita.
O primeiro tempo terminava com o Paraguai detendo 61% da posse mas vendo o Japão criar as melhores chances.
Técnicos mexem, buscam variações táticas, mas nada de gol
Aos 4 minutos, Ortigoza tabela e recebe de volta dominando no peito, entra na área, abre pra direita visando facilitar o chute mas acaba desarmado. Tudo bem, Ortigoza, melhor perder a bola aí do que lá atrás.
Com 8 minutos, cruzamento da direita no ataque japonês, Enrique Vera afasta de cabeça, Yuto Nagatomo pega a sobra e chuta ao gol: a bola desvia na marcação paraguaia e Villar fica com ela. 2 minutos depois, rápido contra-ataque para o Paraguai: Benítez recebe no lado esquerdo da área, chuta e Nakazawa bloqueia.
De Bleeckere mostrou o 1º cartão amarelo do jogo aos 11', após o toque de mão na bola dado por Matsui na subida com Ortigoza.
Na marca de 12 minutos, Ortigoza dá bela enfiada de bola para Benítez, que cruza rasteiro e Nakazawa corta para a lateral. Morel Rodríguez faz o arremesso para Roque Santa Cruz, recebe de volta, cruza na área mas o cabeceio é defendido por Kawashima. No minuto seguinte, Komano arranca pela direita, tem 3 companheiros na área, mas mostra-se fominha e tenta a finalização, mandado chute torto que sai pela lateral esquerda.
Gerardo Martino fez a primeira substituição paraguaia e também do jogo aos 14 minutos: sai o meia Benítez e entra o atacante Nelson Haedo Valdez, ficando agora com 3 homens de frente, tal como utilizou bastante na fase de grupos.
6 minutos depois, Takeshi Okada também faz sua primeira substituição: sai Matsui, com amarelo, e entra Shinji Okazaki, reforçando a presença de área no ataque japonês - experiência bem-sucedida na partida diante da Dinamarca.
Com 21 minutos, bola levantada a partir do lado direito de ataque paraguaio, Kawashima salta para afastar de soco. Para não dizer que o goleiro não achou nada, ele atingiu o companheiro Túlio Tanaka com uma joelhada no queixo, levando-o ao chão. A contusão parecia grave, mas maior era a determinação de Tanaka em ajudar o Japão, retornando ao campo 2 minutos depois evitando movimentar o braço esquerdo.
Na marca de 25 minutos, Komano passa para Honda, que serve Okazaki - o camisa 9 cruza rasteiro e Ortigoza consegue cortar. No mesmo minuto, quando o Paraguai saía em contra-ataque, Nelson Valdez foi puxado por Nagatomo e o camisa 5 recebeu cartão amarelo (o segundo dele na Copa, suspendendo-o em caso de classificação).
Aos 28' aconteceu algo inusitado: se 7 minutos antes Tanaka era atingido por Kawashima, dessa vez foi o zagueiro que acabou dando encontrão no goleiro. Mas, felizmente, tudo bem com ambos.
Martino sentia o melhor momento do Japão no jogo e promoveu a 2ª substituição na sua seleção, tirando o volante Ortigoza e colocando o meia Édgar Barreto, aos 30 minutos.
3 minutos após a mexida, Valdez passou para Barreto, que chutou de fora e Kawashima encaixou.
Com 35 minutos, Okada respondia ao técnico paraguaio: sai Yuki Abe e entra Kengo Nakamura (não confundir com o camisa 10 Shunsuke Nakamura).
Na marca de 41 minutos, Komano tinha a bola pelo lado direito de ataque mas eis que surge uma segunda Jabulani no gramado, forçando o árbitro a interromper o jogo e reiniciar com bola ao chão. Por "fair play", o Paraguai devolveu a posse.
A última chance do tempo regulamentar foi japonesa: em lance de bola parada, formou-se uma aglomeração na área de Justo Villar aos 46 minutos. Veio o levantamento da direita, deu-se um desvio no meio da área e Tanaka esticou a perna direita tentando completar ao gol, mas não conseguiu alcançar.
Equipes buscam o gol no primeiro tempo da prorrogação
O reinício do jogo após o término do tempo regulamentar teve uma agitação que sugeria a intenção de ambas as seleções em definir a classificação antes das penalidades.
Com 35 segundos, Nakamura recebe bola na direita, põe a bola na área com chute cruzado rasteiro e Antolín Alcáraz corta.
Aos 3 minutos, Martino promoveu a 3ª substituição paraguaia trocando de atacante: Santa Cruz por Óscar Cardozo. No minuto posterior, Valdez passa pra trás, a bola é levantada na área e Barrios nem precisa tirar os pés do chão para cabecear, mas a bola vai direto para defesa de Kawashima.
O Paraguai parecia conseguir, finalmente, conciliar a maior posse de bola (então 70%) com objetividade. Aos 6 minutos, Morel tem a bola pelo lado esquerdo e vai avançando com ela dominada, centralizando a jogada e passando para Valdez, que recebe, se estica para finalizar e chuta para nova defesa de Kawashima, bem no bloqueio.
O Japão respondeu 2 minutos depois em cobrança de falta: Honda bate de três-dedos e o chute cruzado é espalmado por Villar. Com 10', levantamento a partir do lado esquerdo de ataque paraguaio, ninguém finaliza nem ninguém afasta e Barreto tenta marcar dando uma puxada na bola, que vai na rede pelo lado de fora, pouco acima do travessão.
Segundo tempo da prorrogação se resume a vai-e-vem de jogadores em diversos chuveirinhos originados em cobranças de falta
Okada mexeu pela última vez no intervalo, colocando Keiji Tamada no lugar de Okubo - atacante descansado no lugar de atacante exausto.
Se com a bola rolando ninguém arrumava nada, a partida passou a se resumir em idas e vindas de zagueiros para as áreas em lances de bola parada: visando ora fazer o gol da classificação ora defender-se da investida adversária.
Aos 3', Morel levanta praticamente do meio-campo, o cabeceio chega ao gol sem força e Kawashima encaixa. Aos 5', escanteio para o Paraguai pelo lado direito, Da Silva sobe com Hasebe, chega na bola com a nuca e a redonda sai à direita. Com 7' era a vez do Japão, na mesma jogadinha levantada: Endo cobra aberto pro lado esquerdo e Tanaka testa para fora. Ainda com 7 minutos, Endo deu carrinho em Vera e recebeu um amarelo que o tiraria da seqüência da Copa por suspensão automática.
Na marca de 10 minutos, a melhor jogada da prorrogação: contra-ataque japonês pela esquerda, Tamada passa para Okazaki, que devolve de calcanhar e desmonta a defesa paraguaia - Tamada alça na área, mas ninguém aparece para completar ao gol que estava aberto. Com 12', Riveros faz o domínio e leva a mão à bola, recebendo o único cartão amarelo de sua equipe, o 5º e último do jogo.
Nas penalidades, 9 chutes, 8 gols e um travessão no caminho do Japão
Para melhor entender as cobranças, considere o gol dividido em 15 quadrantes: de 1 a 5 na fileira horizontal superior (1 para o ângulo esquerdo, 5 para o ângulo direito), de 6 a 10 a fileira horizontal que caracteriza o chute dado à meia-altura (6 para o canto esquerdo, 10 para o canto direito) e de 11 a 15 para as cobranças rasteiras (11 para o canto esquerdo e 15 para o canto direito). Os chutes no meio do gol seriam nos quadrantes 3 (alto), 8 (meia-altura) e 13 (rasteiro). Quando me referir ao movimento do goleiro para esquerda ou direita é em relação ao próprio goleiro e não ao cobrador.
Barreto mandou no quadrante 11 - Kawashima foi nela mas não alcançou;
Endo, mostrando serenidade antes da cobrança, mandou no quadrante 10 - Villar foi pro outro lado;
Barrios chutou no quadrante 15 - Kawashima chegou perto da bola;
Hasebe cobrou no quadrante 6 - Villar foi pra lá mas não alcançou;
Riveros mandou no quadrante 14 - Kawashima saltou pra direita;
Komano carimbou o travessão na altura do quadrante 2;
Valdez chutou com força no quadrante 3 - Kawashima pulou pra direita;
Honda converteu no quadrante 13 - Villar deslocou-se pra esquerda;
Cardozo mandou no quadrante 11 - Kawashima foi pra esquerda.
Japão mostra saber jogar sem a bola
A partida que ficaria por mais de duas horas no 0a0 quase teve um gol-relâmpago: com 15 segundos de bola rolando, a defesa paraguaia sai jogando errado, Yoshito Okubo intercepta e chuta à direita do gol de Justo Villar.
Com 1 minuto, Daisuke Matsui dá carrinho feio e escapa de receber um cartão amarelo, que permaneceu no bolso do árbitro belga Frank De Bleeckere.
Aos 2 minutos, Yuichi Komano tem a bola pela direita, chuta de fora da área e Villar encaixa.
Com 4 minutos, Paulo Da Silva deu carrinho por trás em Okubo e Frank De Bleeckere apitou falta, seguindo o critério que demonstrou anteriormente.
Aos 6 minutos, Roque Santa Cruz, aberto pelo canto direito, tenta lançar pra área e a bola volta nele, que domina no peito, cruza, Edgar Benítez e Komano sobem para a disputa mas ninguém leva vantagem no lance e a bola sai em arremesso lateral.
Na marca de 9 minutos, Eiji Kawashima segura bola levantada na área e prontamente faz bom lançamento ligando contra-ataque, mas Matsui não consegue passar pela marcação adversária.
Nos primeiros 15 minutos de jogo já tínhamos o desenho do que aconteceria por praticamente toda a partida: o Paraguai mais tempo com a bola (naquela altura 60% da posse) e o Japão abusando daquilo que tem de melhor, que é a saída em velocidade.
Com 19 minutos, Lucas Barrios toma a iniciativa no comando de ataque, passa e recebe de volta, entra na área, dá bonito giro para se livrar de Komano e também de Yuji Nakazawa, chuta ao gol mas Kawashima consegue bloquear com bela defesa.
No minuto seguinte, uma resposta contundente dos japoneses: Matsui pega de primeira uma sobra de bola no ataque e manda chute de curva que carimba o travessão.
Aos 27', Claudio Morel Rodríguez cobra escanteio pela esquerda, paraguaios e japoneses disputam no ar mas quem vê a bola na sua frente é Roque Santa Cruz, que chuta de canhota perto da trave esquerda. Foi muita sorte e falta dela ao mesmo tempo: a bola quicou na grama pedindo para ser chutada, mas caiu para a perna que não é a preferida do atacante.
Barrios, que já demonstrara talento em outras oportunidades, mostrou mais uma de seu repertório ao dar uma caneta em Makoto Hasebe, aos 32 minutos.
Com 34', Néstor Ortigoza resolve sair jogando carregando a bola perto da própria área, perde a posse para Keisuke Honda e deixa a tarefa de recuperação para a defesa paraguaia, que acaba conseguindo. É o típico lance que sugere aquela bronca: "aí não é lugar pra brincar".
Aos 35', nova entrada faltosa de Da Silva, que dessa vez derrubou Honda, e novamente nada de cartão. Na cobrança, Yasuhito Endo colocou na área e Roque Santa Cruz mergulhou para afastar antes que a bola chegasse em Marcus Túlio Tanaka.
Na marca de 39 minutos, Matsui desce veloz pela direita, toca de lado e Honda chuta de primeira, à direita.
O primeiro tempo terminava com o Paraguai detendo 61% da posse mas vendo o Japão criar as melhores chances.
Técnicos mexem, buscam variações táticas, mas nada de gol
Aos 4 minutos, Ortigoza tabela e recebe de volta dominando no peito, entra na área, abre pra direita visando facilitar o chute mas acaba desarmado. Tudo bem, Ortigoza, melhor perder a bola aí do que lá atrás.
Com 8 minutos, cruzamento da direita no ataque japonês, Enrique Vera afasta de cabeça, Yuto Nagatomo pega a sobra e chuta ao gol: a bola desvia na marcação paraguaia e Villar fica com ela. 2 minutos depois, rápido contra-ataque para o Paraguai: Benítez recebe no lado esquerdo da área, chuta e Nakazawa bloqueia.
De Bleeckere mostrou o 1º cartão amarelo do jogo aos 11', após o toque de mão na bola dado por Matsui na subida com Ortigoza.
Na marca de 12 minutos, Ortigoza dá bela enfiada de bola para Benítez, que cruza rasteiro e Nakazawa corta para a lateral. Morel Rodríguez faz o arremesso para Roque Santa Cruz, recebe de volta, cruza na área mas o cabeceio é defendido por Kawashima. No minuto seguinte, Komano arranca pela direita, tem 3 companheiros na área, mas mostra-se fominha e tenta a finalização, mandado chute torto que sai pela lateral esquerda.
Gerardo Martino fez a primeira substituição paraguaia e também do jogo aos 14 minutos: sai o meia Benítez e entra o atacante Nelson Haedo Valdez, ficando agora com 3 homens de frente, tal como utilizou bastante na fase de grupos.
6 minutos depois, Takeshi Okada também faz sua primeira substituição: sai Matsui, com amarelo, e entra Shinji Okazaki, reforçando a presença de área no ataque japonês - experiência bem-sucedida na partida diante da Dinamarca.
Com 21 minutos, bola levantada a partir do lado direito de ataque paraguaio, Kawashima salta para afastar de soco. Para não dizer que o goleiro não achou nada, ele atingiu o companheiro Túlio Tanaka com uma joelhada no queixo, levando-o ao chão. A contusão parecia grave, mas maior era a determinação de Tanaka em ajudar o Japão, retornando ao campo 2 minutos depois evitando movimentar o braço esquerdo.
Na marca de 25 minutos, Komano passa para Honda, que serve Okazaki - o camisa 9 cruza rasteiro e Ortigoza consegue cortar. No mesmo minuto, quando o Paraguai saía em contra-ataque, Nelson Valdez foi puxado por Nagatomo e o camisa 5 recebeu cartão amarelo (o segundo dele na Copa, suspendendo-o em caso de classificação).
Aos 28' aconteceu algo inusitado: se 7 minutos antes Tanaka era atingido por Kawashima, dessa vez foi o zagueiro que acabou dando encontrão no goleiro. Mas, felizmente, tudo bem com ambos.
Martino sentia o melhor momento do Japão no jogo e promoveu a 2ª substituição na sua seleção, tirando o volante Ortigoza e colocando o meia Édgar Barreto, aos 30 minutos.
3 minutos após a mexida, Valdez passou para Barreto, que chutou de fora e Kawashima encaixou.
Com 35 minutos, Okada respondia ao técnico paraguaio: sai Yuki Abe e entra Kengo Nakamura (não confundir com o camisa 10 Shunsuke Nakamura).
Na marca de 41 minutos, Komano tinha a bola pelo lado direito de ataque mas eis que surge uma segunda Jabulani no gramado, forçando o árbitro a interromper o jogo e reiniciar com bola ao chão. Por "fair play", o Paraguai devolveu a posse.
A última chance do tempo regulamentar foi japonesa: em lance de bola parada, formou-se uma aglomeração na área de Justo Villar aos 46 minutos. Veio o levantamento da direita, deu-se um desvio no meio da área e Tanaka esticou a perna direita tentando completar ao gol, mas não conseguiu alcançar.
Equipes buscam o gol no primeiro tempo da prorrogação
O reinício do jogo após o término do tempo regulamentar teve uma agitação que sugeria a intenção de ambas as seleções em definir a classificação antes das penalidades.
Com 35 segundos, Nakamura recebe bola na direita, põe a bola na área com chute cruzado rasteiro e Antolín Alcáraz corta.
Aos 3 minutos, Martino promoveu a 3ª substituição paraguaia trocando de atacante: Santa Cruz por Óscar Cardozo. No minuto posterior, Valdez passa pra trás, a bola é levantada na área e Barrios nem precisa tirar os pés do chão para cabecear, mas a bola vai direto para defesa de Kawashima.
O Paraguai parecia conseguir, finalmente, conciliar a maior posse de bola (então 70%) com objetividade. Aos 6 minutos, Morel tem a bola pelo lado esquerdo e vai avançando com ela dominada, centralizando a jogada e passando para Valdez, que recebe, se estica para finalizar e chuta para nova defesa de Kawashima, bem no bloqueio.
O Japão respondeu 2 minutos depois em cobrança de falta: Honda bate de três-dedos e o chute cruzado é espalmado por Villar. Com 10', levantamento a partir do lado esquerdo de ataque paraguaio, ninguém finaliza nem ninguém afasta e Barreto tenta marcar dando uma puxada na bola, que vai na rede pelo lado de fora, pouco acima do travessão.
Segundo tempo da prorrogação se resume a vai-e-vem de jogadores em diversos chuveirinhos originados em cobranças de falta
Okada mexeu pela última vez no intervalo, colocando Keiji Tamada no lugar de Okubo - atacante descansado no lugar de atacante exausto.
Se com a bola rolando ninguém arrumava nada, a partida passou a se resumir em idas e vindas de zagueiros para as áreas em lances de bola parada: visando ora fazer o gol da classificação ora defender-se da investida adversária.
Aos 3', Morel levanta praticamente do meio-campo, o cabeceio chega ao gol sem força e Kawashima encaixa. Aos 5', escanteio para o Paraguai pelo lado direito, Da Silva sobe com Hasebe, chega na bola com a nuca e a redonda sai à direita. Com 7' era a vez do Japão, na mesma jogadinha levantada: Endo cobra aberto pro lado esquerdo e Tanaka testa para fora. Ainda com 7 minutos, Endo deu carrinho em Vera e recebeu um amarelo que o tiraria da seqüência da Copa por suspensão automática.
Na marca de 10 minutos, a melhor jogada da prorrogação: contra-ataque japonês pela esquerda, Tamada passa para Okazaki, que devolve de calcanhar e desmonta a defesa paraguaia - Tamada alça na área, mas ninguém aparece para completar ao gol que estava aberto. Com 12', Riveros faz o domínio e leva a mão à bola, recebendo o único cartão amarelo de sua equipe, o 5º e último do jogo.
Nas penalidades, 9 chutes, 8 gols e um travessão no caminho do Japão
Para melhor entender as cobranças, considere o gol dividido em 15 quadrantes: de 1 a 5 na fileira horizontal superior (1 para o ângulo esquerdo, 5 para o ângulo direito), de 6 a 10 a fileira horizontal que caracteriza o chute dado à meia-altura (6 para o canto esquerdo, 10 para o canto direito) e de 11 a 15 para as cobranças rasteiras (11 para o canto esquerdo e 15 para o canto direito). Os chutes no meio do gol seriam nos quadrantes 3 (alto), 8 (meia-altura) e 13 (rasteiro). Quando me referir ao movimento do goleiro para esquerda ou direita é em relação ao próprio goleiro e não ao cobrador.
Barreto mandou no quadrante 11 - Kawashima foi nela mas não alcançou;
Endo, mostrando serenidade antes da cobrança, mandou no quadrante 10 - Villar foi pro outro lado;
Barrios chutou no quadrante 15 - Kawashima chegou perto da bola;
Hasebe cobrou no quadrante 6 - Villar foi pra lá mas não alcançou;
Riveros mandou no quadrante 14 - Kawashima saltou pra direita;
Komano carimbou o travessão na altura do quadrante 2;
Valdez chutou com força no quadrante 3 - Kawashima pulou pra direita;
Honda converteu no quadrante 13 - Villar deslocou-se pra esquerda;
Cardozo mandou no quadrante 11 - Kawashima foi pra esquerda.
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Espanha E Portugal Navegam Ao Descobrimento
Duas nações que cruzavam oceanos séculos atrás na busca por riquezas de além-mar hoje estão aportadas na África do Sul. O objeto cobiçado por espanhóis e portugueses é dourado, mas não pode - ou pelo menos não deve - ser conquistado através da negociação com os nativos: para alcançar o troféu de campeão mundial, Espanha e Portugal precisarão jogar bola. Muita bola.
A partida de hoje na Cidade do Cabo, extremo sul de um continente explorado e colonizado pelos "desbravadores", reúne duas seleções de respeito no futebol internacional. A portuguesa conta com o talento de Cristiano Ronaldo para avançar às quartas-de-finais e tentar, pelo menos, repetir a boa performance obtida na Copa 2006, quando terminou em 4º lugar. A espanhola, atual campeã européia, conta com um elenco deslumbrante e tem todas as credenciais para buscar o título inédito.
Se futebol fosse uma ciência exata, ficaria à vontade para cravar um triunfo espanhol - e com boa margem de gols. Mas tudo se decide em 90 minutos (às vezes precisa-de de mais tempo) e, certamente, nem espanhóis nem portugueses trocariam o sonho da Copa do Mundo pelas especiarias da Índia nem pelo ouro da África. O que eles mais querem descobrir, atualmente, é o gosto de levantar a taça: o percurso tem a etapa de hoje e ainda outras 3, mas somente um sobreviverá para seguir a viagem pelos gramados sul-africanos. Retornar para as suas pátrias? Hoje não, obrigado.
A partida de hoje na Cidade do Cabo, extremo sul de um continente explorado e colonizado pelos "desbravadores", reúne duas seleções de respeito no futebol internacional. A portuguesa conta com o talento de Cristiano Ronaldo para avançar às quartas-de-finais e tentar, pelo menos, repetir a boa performance obtida na Copa 2006, quando terminou em 4º lugar. A espanhola, atual campeã européia, conta com um elenco deslumbrante e tem todas as credenciais para buscar o título inédito.
Se futebol fosse uma ciência exata, ficaria à vontade para cravar um triunfo espanhol - e com boa margem de gols. Mas tudo se decide em 90 minutos (às vezes precisa-de de mais tempo) e, certamente, nem espanhóis nem portugueses trocariam o sonho da Copa do Mundo pelas especiarias da Índia nem pelo ouro da África. O que eles mais querem descobrir, atualmente, é o gosto de levantar a taça: o percurso tem a etapa de hoje e ainda outras 3, mas somente um sobreviverá para seguir a viagem pelos gramados sul-africanos. Retornar para as suas pátrias? Hoje não, obrigado.
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segunda-feira, 28 de junho de 2010
Brasil Dança Certinho No Compasso Chileno
De volta ao estádio Ellis Park - onde venceu a Coréia do Norte por 2a1 na estréia -, o Brasil foi convidado pelo Chile a fazer um jogo franco e, como era de se esperar, teve espaços para desenvolver um futebol mais próximo daquele que se imagina da seleção brasileira. A tarefa foi também facilitada pelos desfalques chilenos - que atuou sem os zagueiros titulares - e pela presença de Ramires no lugar de Felipe Melo, dando maior fluidez na saída do meio para o ataque.
O adversário nas quartas-de-finais será a Holanda, numa reedição do duelo de 1994, quando se encontraram na mesma altura do torneio. O Chile volta para casa com duas vitórias e quatro boas atuações na bagagem - parabéns aos comandados de Marcelo Bielsa e também ao técnico argentino pelo belo papel que desempenharam na Copa 2010. Foi muito prazeroso ver o Chile jogar.
Jogando e deixando jogar, Chile paga o preço da baixa estatura de seus defensores
Logo no início da partida já era possível ver a face de Bielsa na postura chilena: o time detinha a posse de bola no campo de ataque e procurava através da movimentação e da troca de passes uma chance de chegar ao gol.
Aos 3 minutos, boa trama pelo setor direito colocou Humberto Suazo na linha-de-fundo, mas o goleiro Júlio César recolheu o cruzamento rasteiro.
Marcando a saída de bola brasileira por pressão, o Chile já deixava campo para o contragolpe: aos 4 minutos, Luís Fabiano recebeu bom lançamento de Daniel Alves e chutou cruzado, à direita, sem levar perigo.
Com 8 minutos, Gilberto Silva recebeu, ajeitou e chutou de fora, à meia-altura, mandando uma bola cruzada que foi espalmada pelo goleiro Claudio Bravo. No minuto seguinte, Kaká recebeu centralizado e chutou à direita da meta.
Na marca de 12 minutos, Suazo recebe enfiada e dá um tapa na bola, com Júlio César encaixando quase no limite da pequena área. 2 minutos depois, Ramires chuta de fora da área e Claudio Bravo encaixa inclinando-se para a direita.
Aos 20' foi a vez do Chile tentar de fora da área, mas o chute de Gonzalo Jara saiu à direita. 2 minutos depois, o Brasil conseguiu algo diferente: Kaká fez jogada individual pela esquerda e passou para Robinho, que teve a tentativa de devolver de letra interceptada pela marcação chilena. No minuto seguinte, bom ataque do Chile: Carlos Carmona passa para Jean Beausejour, que chuta ao gol, a bola desvia em Maicon e sai por cima do travessão.
Com 26 minutos, Lúcio disputa bola na área adversária, é atingido por Pablo Contreras - que estava deitado - e pula antes de cair. No entendimento do árbitro inglês Howard Webb, nem pênalti e nem simulação, escanteio para o Brasil.
Na marca de 29 minutos, Arturo Vidal dribla Kaká e é derrubado - cartão amarelo para o brasileiro, que já recebeu três nessa Copa (dois deles diante da Costa do Marfim, o que lhe rendeu expulsão e suspensão da partida com Portugal). Na cobrança, Suazo fica na barreira.
Aos 33 minutos, escanteio pelo lado direito para a seleção brasileira. Maicon cobra, Juan sobe e cabeceia com precisão, estufando a rede do goleiro Bravo, que até tentou defender.
4 minutos depois já viria o segundo gol. Robinho carrega pela esquerda, passa para Kaká e o camisa 10 entrega de primeira para Luís Fabiano, que dribla Claudio Bravo e completa para o gol.
Atordoado pelos gols em pequeno intervalo de tempo, o Chile nem por isso mudava sua filosofia de jogo. Aos 39', Mark González recebe pelo flanco esquerdo, trás pra dentro mas chuta torto e longe do gol. No minuto seguinte, Michel Bastos chuta cruzado e manda à esquerda. Aos 43', Kaká dá para Maicon na direita, que cruza pra área e Luís Fabiano cabeceia por cima.
Com jogo resolvido após o 3º gol, Dunga resolve fazer experiências
Bielsa trocou González por Jorge Valdívia no intervalo, diminuindo a velocidade mas dando maior precisão no último passe, algo que fez bastante falta na primeira etapa.
Com 1 minuto, Kaká e Vidal invertem os papéis e o brasileiro sofre falta que rende amarelo para o camisa 8. Na cobrança, Daniel Alves chuta direto e manda por cima.
Na marca de 13 minutos, Ramires faz grande jogada ao avançar com a bola a partir do meio do campo e passar para Robinho já perto da área, que chuta colocado tirando qualquer chance de defesa para Bravo: 3a0.
2 minutos depois, Ramires passou para Daniel Alves, que decidiu chutar de longe e mandou à esquerda do gol.
O Chile mudava pela 2ª vez: Mauricio Isla por Rodrigo Millar.
Aos 20 minutos, Valdivia recebe na meia-lua passe de Beausejour, chuta e a bola descai acima do travessão. Com 22 minutos, Ismael Fuentes derruba Luís Fabiano e recebe cartão amarelo. No minuto seguinte, Michel Bastos desce pela esquerda e passa atrás para Kaká, que coloca à direita do gol.
Na marca de 25 minutos aconteceu o que pode ser considerado o maior revés para a seleção brasileira no jogo: Ramires deu o bote faltosamente em Alexi Sánchez, recebeu cartão amarelo e cumprirá suspensão automática.
Com 28 minutos, Robinho recebe de Daniel Alves pela direita, chuta cruzado e Bravo espalma. No minuto seguinte, Beausejour vai à linha-de-fundo, passa para Suazo, o camisa 9 se livra de Lúcio com um drible, chuta e Júlio César espalma.
Aos 30 minutos, a primeira mexida brasileira: Luís Fabiano por Nilmar.
Na marca de 32 minutos, escanteio pelo lado esquerdo de ataque chileno, a bola viaja alto e Suazo pega de primeira chutando para o chão: a Jabulani quica no travessão e assusta Júlio César.
3 minutos depois, Kaká dava lugar a Kléberson, estreando na Copa 2010.
Aos 37', Bastos cruza da esquerda e Nilmar cabeceia fora. No minuto posterior, bela troca de passe no ataque chileno: Valdivia passa para Millar, recebe de volta e toca para Beausejour que, pela esquerda da área, chuta cruzado para fora.
Sucedendo o lance, a 3ª e última troca no Brasil: Robinho por Gilberto, outro que estréia no Mundial 2010.
Com 44 minutos, Bastos carrega a bola, passa para Ramires e o camisa 18 chuta longe. Aos 45', Vidal lança, Lúcio corta mal, Valdivia pega de primeira e manda a bola à direita. Aos 46', Bastos, em sua melhor atuação na Copa, faz bela jogada pelo lado esquerdo, se livra de dois mas acaba chutando torto, muito à esquerda da meta.
O adversário nas quartas-de-finais será a Holanda, numa reedição do duelo de 1994, quando se encontraram na mesma altura do torneio. O Chile volta para casa com duas vitórias e quatro boas atuações na bagagem - parabéns aos comandados de Marcelo Bielsa e também ao técnico argentino pelo belo papel que desempenharam na Copa 2010. Foi muito prazeroso ver o Chile jogar.
Jogando e deixando jogar, Chile paga o preço da baixa estatura de seus defensores
Logo no início da partida já era possível ver a face de Bielsa na postura chilena: o time detinha a posse de bola no campo de ataque e procurava através da movimentação e da troca de passes uma chance de chegar ao gol.
Aos 3 minutos, boa trama pelo setor direito colocou Humberto Suazo na linha-de-fundo, mas o goleiro Júlio César recolheu o cruzamento rasteiro.
Marcando a saída de bola brasileira por pressão, o Chile já deixava campo para o contragolpe: aos 4 minutos, Luís Fabiano recebeu bom lançamento de Daniel Alves e chutou cruzado, à direita, sem levar perigo.
Com 8 minutos, Gilberto Silva recebeu, ajeitou e chutou de fora, à meia-altura, mandando uma bola cruzada que foi espalmada pelo goleiro Claudio Bravo. No minuto seguinte, Kaká recebeu centralizado e chutou à direita da meta.
Na marca de 12 minutos, Suazo recebe enfiada e dá um tapa na bola, com Júlio César encaixando quase no limite da pequena área. 2 minutos depois, Ramires chuta de fora da área e Claudio Bravo encaixa inclinando-se para a direita.
Aos 20' foi a vez do Chile tentar de fora da área, mas o chute de Gonzalo Jara saiu à direita. 2 minutos depois, o Brasil conseguiu algo diferente: Kaká fez jogada individual pela esquerda e passou para Robinho, que teve a tentativa de devolver de letra interceptada pela marcação chilena. No minuto seguinte, bom ataque do Chile: Carlos Carmona passa para Jean Beausejour, que chuta ao gol, a bola desvia em Maicon e sai por cima do travessão.
Com 26 minutos, Lúcio disputa bola na área adversária, é atingido por Pablo Contreras - que estava deitado - e pula antes de cair. No entendimento do árbitro inglês Howard Webb, nem pênalti e nem simulação, escanteio para o Brasil.
Na marca de 29 minutos, Arturo Vidal dribla Kaká e é derrubado - cartão amarelo para o brasileiro, que já recebeu três nessa Copa (dois deles diante da Costa do Marfim, o que lhe rendeu expulsão e suspensão da partida com Portugal). Na cobrança, Suazo fica na barreira.
Aos 33 minutos, escanteio pelo lado direito para a seleção brasileira. Maicon cobra, Juan sobe e cabeceia com precisão, estufando a rede do goleiro Bravo, que até tentou defender.
4 minutos depois já viria o segundo gol. Robinho carrega pela esquerda, passa para Kaká e o camisa 10 entrega de primeira para Luís Fabiano, que dribla Claudio Bravo e completa para o gol.
Atordoado pelos gols em pequeno intervalo de tempo, o Chile nem por isso mudava sua filosofia de jogo. Aos 39', Mark González recebe pelo flanco esquerdo, trás pra dentro mas chuta torto e longe do gol. No minuto seguinte, Michel Bastos chuta cruzado e manda à esquerda. Aos 43', Kaká dá para Maicon na direita, que cruza pra área e Luís Fabiano cabeceia por cima.
Com jogo resolvido após o 3º gol, Dunga resolve fazer experiências
Bielsa trocou González por Jorge Valdívia no intervalo, diminuindo a velocidade mas dando maior precisão no último passe, algo que fez bastante falta na primeira etapa.
Com 1 minuto, Kaká e Vidal invertem os papéis e o brasileiro sofre falta que rende amarelo para o camisa 8. Na cobrança, Daniel Alves chuta direto e manda por cima.
Na marca de 13 minutos, Ramires faz grande jogada ao avançar com a bola a partir do meio do campo e passar para Robinho já perto da área, que chuta colocado tirando qualquer chance de defesa para Bravo: 3a0.
2 minutos depois, Ramires passou para Daniel Alves, que decidiu chutar de longe e mandou à esquerda do gol.
O Chile mudava pela 2ª vez: Mauricio Isla por Rodrigo Millar.
Aos 20 minutos, Valdivia recebe na meia-lua passe de Beausejour, chuta e a bola descai acima do travessão. Com 22 minutos, Ismael Fuentes derruba Luís Fabiano e recebe cartão amarelo. No minuto seguinte, Michel Bastos desce pela esquerda e passa atrás para Kaká, que coloca à direita do gol.
Na marca de 25 minutos aconteceu o que pode ser considerado o maior revés para a seleção brasileira no jogo: Ramires deu o bote faltosamente em Alexi Sánchez, recebeu cartão amarelo e cumprirá suspensão automática.
Com 28 minutos, Robinho recebe de Daniel Alves pela direita, chuta cruzado e Bravo espalma. No minuto seguinte, Beausejour vai à linha-de-fundo, passa para Suazo, o camisa 9 se livra de Lúcio com um drible, chuta e Júlio César espalma.
Aos 30 minutos, a primeira mexida brasileira: Luís Fabiano por Nilmar.
Na marca de 32 minutos, escanteio pelo lado esquerdo de ataque chileno, a bola viaja alto e Suazo pega de primeira chutando para o chão: a Jabulani quica no travessão e assusta Júlio César.
3 minutos depois, Kaká dava lugar a Kléberson, estreando na Copa 2010.
Aos 37', Bastos cruza da esquerda e Nilmar cabeceia fora. No minuto posterior, bela troca de passe no ataque chileno: Valdivia passa para Millar, recebe de volta e toca para Beausejour que, pela esquerda da área, chuta cruzado para fora.
Sucedendo o lance, a 3ª e última troca no Brasil: Robinho por Gilberto, outro que estréia no Mundial 2010.
Com 44 minutos, Bastos carrega a bola, passa para Ramires e o camisa 18 chuta longe. Aos 45', Vidal lança, Lúcio corta mal, Valdivia pega de primeira e manda a bola à direita. Aos 46', Bastos, em sua melhor atuação na Copa, faz bela jogada pelo lado esquerdo, se livra de dois mas acaba chutando torto, muito à esquerda da meta.
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Com Robben Esbanjando Boa Forma, Holanda Vence E "Espera" Brasil
Arjen Robben estreou entre os onze iniciais na Copa 2010, abriu o placar com um golaço e, pelos 70 minutos em que atuou no estádio Moses Mabhida, deu mostras de que pode ajudar a Holanda a traçar vôos mais altos na África do Sul. A vitória por 2a1 contou também com o talento de Wesley Sneijder - lançamento primoroso para o gol de Robben e autoria do segundo - e também com a bela atuação de Maarten Stekelenburg, que, no mais puro reflexo, fez pelo menos duas defesas sensacionais. A Eslováquia sai de cabeça erguida de seu primeiro Mundial como nação independente, deixando a competição após ter carimbado o passaporte de retorno da Azzurra para Roma. Róbert Vittek igualou-se ao argentino Gonzalo Higuaín como maior goleador da Copa até o momento, com 4 gols em 4 jogos.
Início lá e cá num primeiro tempo que só diminuiu de ritmo após o golaço de Robben
Com a numeração indo de 1 a 11 - coisa rara no torneio - a Holanda foi a campo como favorita mas nem por isso se deixou levar por qualquer clima de "oba-oba", esbanjando consciência desde que a bola começou a rolar.
Com 1 minuto de jogo, Vladimir Weiss cortou Mark van Bommel e John Heitinga, passou para Erik Jendrisek e o chute do camisa 18 passou perto do travessão. 3 minutos depois, a vez da Holanda: Robben recebe, passa para Sneijder, o camisa 10 domina ajeitando pro chute e manda a bola por cima.
Aos 5 minutos, Marek Hamsik recebe e chuta de fora, mandando à direita do gol. No mesmo minuto veio a resposta: Dirk Kuyt pegou a sobra e chutou também à direita da meta.
Na marca de 6 minutos, Kuyt cruzou lançando pra área a partir do lado esquerdo, Robin van Persie cabeceou e a bola desviou na defesa eslovaca antes de sair pela linha-de-fundo, à esquerda do gol. Com 8' Kuyt voltou a procurar van Persie, mas a enfiada de bola ficou mais para o goleiro Ján Mucha. Os eslovacos responderam no mesmo minuto, tentando pelo lado direito - mas o cruzamento rasteiro foi pego por Stekelenburg.
Aos 10', van Persie carregou a bola pelo centro, abriu o jogo na esquerda e Sneijder chutou de primeira, mas sem força, com o goleiro Mucha mostrando bom posicionamento para encaixar sem dificuldades. 3 minutos depois, Juraj Kucka recebeu na direita e chutou cruzado, para fora.
Na marca de 17', quando a Eslováquia tinha a posse de bola perto da área holandesa, veio o gol. Da Holanda. Bola recuperada e armado o contra-ataque: Sneijder recebeu antes da intermediária defensiva e aplicou um lançamento maravilhoso para Robben. O camisa 11 pegou a bola e partiu para a jogada que tem sua marca registrada: avançou, carregou pro centro, se livrou de Radoslav Zabavník, atraiu a marcação de mais dois adversários e chutou firme, a 23 metros do gol, na paralela, entre as pernas da marcação de Ján Durica, a 97 quilômetros por hora, no cantinho esquerdo. 1a0 Holanda.
Com uma etapa cumprida - a de abrir o placar - a Holanda passou a conduzir o jogo com menor intensidade.
Aos 30 minutos, Robben cortou com a mão direita um passe na altura da linha lateral. O árbitro espanhol Alberto Undiano Mallenco mostrou rigor e levantou o cartão amarelo. Mallenco havia apitado também a vitória sérvia por 1a0 sobre a Alemanha, quando expulsou Miroslav Klose ainda na primeira etapa após dar-lhe dois cartões amarelos. Com 31 minutos, a Eslováquia conseguiu finalizar quando Jendrisek pegou sobra da intermediária e mandou um chute forte para fora, em jogada nascida naquela infração citada anteriormente.
Na marca de 34 minutos, pude notar que não havia visto de tudo no futebol. Antes que a seleção eslovaca cobrasse um arremesso lateral pelo lado esquerdo, o auxiliar situado na linha oposta solicitou substituição de seu instrumento de trabalho. Já vi bola furar, camisa rasgar, árbitro escorregar, mas troca de bandeirinha me era um acontecimento inédito. Já não é mais.
Com 39 minutos, Kucka foi dividir de carrinho com Nigel De Jong e recebeu o segundo cartão amarelo do jogo. No minuto seguinte a Holanda chegou ao ataque: van Persie carregou pelo centro e chutou rasteiro para defesa de Mucha. Aos 43', Sneijder deu na direita para Robben, que tocou curto na passagem de van Bommel: o camisa 6 deu cruzamento rasteiro para van Persie, mas a finalização foi para fora.
Na segunda etapa, goleiros se destacam com grandes defesas
As equipes voltaram dos vestiários sem trocas de jogadores. Aos 4 minutos, Kuyt deixou a bola com van Persie, que tentou jogada individual - a bola sobrou na direita para Robben, que cortou pro centro e chutou cruzado para defesaça de Mucha. No minuto seguinte, Robben se livrou da marcação pela esquerda e passou para Joris Mathijsen: o zagueiro chutou com força e Mucha salvou novamente, dessa vez com o rosto.
Com 9 minutos, van Persie tentou nova jogada individual e acabou atingindo o tornozelo de Zabavník, que sentiu dores e foi atendido fora de campo. Geralmente quem é atingido é aquele que está com a bola, coisas do futebol. Aos 12', Sneijder enfia para Robben, que avança pela direita e dá passe na área, mas Kucka consegue afastar antes que a bola pudesse chegar de volta em Sneijder. No minuto posterior, Robben sofre falta de Zabavník na direita: van Persie cobra firme e fechado, com Mucha espalmando para longe.
Na marca de 15 minutos, Vittek tocou a bola para Miroslav Stoch, que tentou passar entre van Bommel e Gregory van der Wiel, caiu na área e Mallenco mandou o jogo seguir. Aos 17', Kucka deu um chutaço pouco a frente do círculo central e assustou Stekelenburg, que saltou além da trave direita para dar um toque sutil na bola - tão sutil que foi marcado tiro-de-meta.
Aos 19 minutos, Robben carrega pela direita e inverte rasteiro com Sneijder, que trás pro centro, chuta mas é bloqueado pela defesa eslovaca.
Com 21 minutos no cronômetro, a Holanda passou a dever a vitória parcial de 1a0 para Stekelenburg. Stoch recebeu no lado esquerdo da área, trouxe pro centro e soltou um chute alto e forte: o camisa 1 conseguiu espalmar para escanteio, fazendo difícil defesa. Na seqüência do lance, Hamsik deu passe açucarado para Vittek dar chute frontal e sem marcação: Stekelenburg pôs o braço direito na trajetória da bola, novamente fazendo grande defesa.
Aos 24', Sneijder cobra falta pela esquerda colocando na cabeça de Kuyt, que manda por cima.
Na marca de 25 minutos, a primeira substituição de cada seleção: Robben deixaria de aloprar os jogadores eslovacos dando lugar a Eljero Elia enquanto Jendrisek saía para a entrada de Kamil Kopúnek.
No minuto seguinte, Elia e Kopúnek já participavam. E no mesmo lance: o camisa 17 holandês avançava com a bola até levar carrinho do camisa 20 eslovaco, que recebeu o terceiro cartão amarelo da partida.
Aos 27', Mucha voltou a trabalhar ao espalmar chute forte dado de fora da área por Kuyt. 5 minutos depois, Hamsik chuta prensado, Vittek recebe em boas condições e acaba chutando por cima.
Com 34 minutos, a segunda substituição do técnico Bert van Marwijk: saiu van Persie - transparecendo insatisfação - e entrou Klaas-Jan Huntelaar.
Na marca de 38 minutos, Martin Skrtel comete falta na altura da linha que divide o campo ao levantar demais a perna direita. Enquanto o zagueiro reclamava com o árbitro, Giovanni van Bronckhorst mostrou inteligência e precisão, cobrando rapidamente a infração com um lançamento para Kuyt. O camisa 7 chegou na bola, antecipou-se à saída do goleiro Mucha dando-lhe um chapéu através de um toque de cabeça e teve a tranqüilidade de olhar pra área e servir Sneijder. O camisa 10 não decepcionou e mandou a Jabulani pro fundo do gol, colocando 2a0 no placar.
Aos 40', quase o terceiro: Kuyt desce pela direita, cruza e a bola chega em Elia, que acaba demorando demais para definir a jogada e chuta fraco, parando em defesa de Mucha.
Aos 42 minutos, o técnico Vladimir Weiss fez suas duas últimas substituições ao mesmo tempo (antes tarde do que nunca): saíram Hamsik e Zabavník para as entradas de Marek Sapara e Martin Jakubko.
No minuto seguinte, De Jong lança Kuyt, o atacante arruma de cabeça, cruza rasteiro e Mucha recolhe antes que Elia possa conferir.
Na marca de 46 minutos, a última troca holandesa: Sneijder deixa o gramado do Moses Mabhida e quem entra é Ibrahim Afellay. Ainda aos 46', Afellay recebe e chuta de fora, mandando perto da trave esquerda.
Aos 47 minutos, os eslovacos vão ao ataque e a bola sobra para Jakubko, que dribla Stekelenburg e cai: Mallenco aponta pênalti e dá cartão amarelo para o goleiro. Quem pega a bola é Vittek: ele vai pra cobrança, manda no canto direito e estufa o quadrante 11, fazendo seu 4º gol no Mundial. O árbitro prometera 3 minutos de acréscimos e a conversão da penalidade foi o último ato desse jogo que coloca a Holanda nas quartas-de-finais da Copa do Mundo 2010.
Início lá e cá num primeiro tempo que só diminuiu de ritmo após o golaço de Robben
Com a numeração indo de 1 a 11 - coisa rara no torneio - a Holanda foi a campo como favorita mas nem por isso se deixou levar por qualquer clima de "oba-oba", esbanjando consciência desde que a bola começou a rolar.
Com 1 minuto de jogo, Vladimir Weiss cortou Mark van Bommel e John Heitinga, passou para Erik Jendrisek e o chute do camisa 18 passou perto do travessão. 3 minutos depois, a vez da Holanda: Robben recebe, passa para Sneijder, o camisa 10 domina ajeitando pro chute e manda a bola por cima.
Aos 5 minutos, Marek Hamsik recebe e chuta de fora, mandando à direita do gol. No mesmo minuto veio a resposta: Dirk Kuyt pegou a sobra e chutou também à direita da meta.
Na marca de 6 minutos, Kuyt cruzou lançando pra área a partir do lado esquerdo, Robin van Persie cabeceou e a bola desviou na defesa eslovaca antes de sair pela linha-de-fundo, à esquerda do gol. Com 8' Kuyt voltou a procurar van Persie, mas a enfiada de bola ficou mais para o goleiro Ján Mucha. Os eslovacos responderam no mesmo minuto, tentando pelo lado direito - mas o cruzamento rasteiro foi pego por Stekelenburg.
Aos 10', van Persie carregou a bola pelo centro, abriu o jogo na esquerda e Sneijder chutou de primeira, mas sem força, com o goleiro Mucha mostrando bom posicionamento para encaixar sem dificuldades. 3 minutos depois, Juraj Kucka recebeu na direita e chutou cruzado, para fora.
Na marca de 17', quando a Eslováquia tinha a posse de bola perto da área holandesa, veio o gol. Da Holanda. Bola recuperada e armado o contra-ataque: Sneijder recebeu antes da intermediária defensiva e aplicou um lançamento maravilhoso para Robben. O camisa 11 pegou a bola e partiu para a jogada que tem sua marca registrada: avançou, carregou pro centro, se livrou de Radoslav Zabavník, atraiu a marcação de mais dois adversários e chutou firme, a 23 metros do gol, na paralela, entre as pernas da marcação de Ján Durica, a 97 quilômetros por hora, no cantinho esquerdo. 1a0 Holanda.
Com uma etapa cumprida - a de abrir o placar - a Holanda passou a conduzir o jogo com menor intensidade.
Aos 30 minutos, Robben cortou com a mão direita um passe na altura da linha lateral. O árbitro espanhol Alberto Undiano Mallenco mostrou rigor e levantou o cartão amarelo. Mallenco havia apitado também a vitória sérvia por 1a0 sobre a Alemanha, quando expulsou Miroslav Klose ainda na primeira etapa após dar-lhe dois cartões amarelos. Com 31 minutos, a Eslováquia conseguiu finalizar quando Jendrisek pegou sobra da intermediária e mandou um chute forte para fora, em jogada nascida naquela infração citada anteriormente.
Na marca de 34 minutos, pude notar que não havia visto de tudo no futebol. Antes que a seleção eslovaca cobrasse um arremesso lateral pelo lado esquerdo, o auxiliar situado na linha oposta solicitou substituição de seu instrumento de trabalho. Já vi bola furar, camisa rasgar, árbitro escorregar, mas troca de bandeirinha me era um acontecimento inédito. Já não é mais.
Com 39 minutos, Kucka foi dividir de carrinho com Nigel De Jong e recebeu o segundo cartão amarelo do jogo. No minuto seguinte a Holanda chegou ao ataque: van Persie carregou pelo centro e chutou rasteiro para defesa de Mucha. Aos 43', Sneijder deu na direita para Robben, que tocou curto na passagem de van Bommel: o camisa 6 deu cruzamento rasteiro para van Persie, mas a finalização foi para fora.
Na segunda etapa, goleiros se destacam com grandes defesas
As equipes voltaram dos vestiários sem trocas de jogadores. Aos 4 minutos, Kuyt deixou a bola com van Persie, que tentou jogada individual - a bola sobrou na direita para Robben, que cortou pro centro e chutou cruzado para defesaça de Mucha. No minuto seguinte, Robben se livrou da marcação pela esquerda e passou para Joris Mathijsen: o zagueiro chutou com força e Mucha salvou novamente, dessa vez com o rosto.
Com 9 minutos, van Persie tentou nova jogada individual e acabou atingindo o tornozelo de Zabavník, que sentiu dores e foi atendido fora de campo. Geralmente quem é atingido é aquele que está com a bola, coisas do futebol. Aos 12', Sneijder enfia para Robben, que avança pela direita e dá passe na área, mas Kucka consegue afastar antes que a bola pudesse chegar de volta em Sneijder. No minuto posterior, Robben sofre falta de Zabavník na direita: van Persie cobra firme e fechado, com Mucha espalmando para longe.
Na marca de 15 minutos, Vittek tocou a bola para Miroslav Stoch, que tentou passar entre van Bommel e Gregory van der Wiel, caiu na área e Mallenco mandou o jogo seguir. Aos 17', Kucka deu um chutaço pouco a frente do círculo central e assustou Stekelenburg, que saltou além da trave direita para dar um toque sutil na bola - tão sutil que foi marcado tiro-de-meta.
Aos 19 minutos, Robben carrega pela direita e inverte rasteiro com Sneijder, que trás pro centro, chuta mas é bloqueado pela defesa eslovaca.
Com 21 minutos no cronômetro, a Holanda passou a dever a vitória parcial de 1a0 para Stekelenburg. Stoch recebeu no lado esquerdo da área, trouxe pro centro e soltou um chute alto e forte: o camisa 1 conseguiu espalmar para escanteio, fazendo difícil defesa. Na seqüência do lance, Hamsik deu passe açucarado para Vittek dar chute frontal e sem marcação: Stekelenburg pôs o braço direito na trajetória da bola, novamente fazendo grande defesa.
Aos 24', Sneijder cobra falta pela esquerda colocando na cabeça de Kuyt, que manda por cima.
Na marca de 25 minutos, a primeira substituição de cada seleção: Robben deixaria de aloprar os jogadores eslovacos dando lugar a Eljero Elia enquanto Jendrisek saía para a entrada de Kamil Kopúnek.
No minuto seguinte, Elia e Kopúnek já participavam. E no mesmo lance: o camisa 17 holandês avançava com a bola até levar carrinho do camisa 20 eslovaco, que recebeu o terceiro cartão amarelo da partida.
Aos 27', Mucha voltou a trabalhar ao espalmar chute forte dado de fora da área por Kuyt. 5 minutos depois, Hamsik chuta prensado, Vittek recebe em boas condições e acaba chutando por cima.
Com 34 minutos, a segunda substituição do técnico Bert van Marwijk: saiu van Persie - transparecendo insatisfação - e entrou Klaas-Jan Huntelaar.
Na marca de 38 minutos, Martin Skrtel comete falta na altura da linha que divide o campo ao levantar demais a perna direita. Enquanto o zagueiro reclamava com o árbitro, Giovanni van Bronckhorst mostrou inteligência e precisão, cobrando rapidamente a infração com um lançamento para Kuyt. O camisa 7 chegou na bola, antecipou-se à saída do goleiro Mucha dando-lhe um chapéu através de um toque de cabeça e teve a tranqüilidade de olhar pra área e servir Sneijder. O camisa 10 não decepcionou e mandou a Jabulani pro fundo do gol, colocando 2a0 no placar.
Aos 40', quase o terceiro: Kuyt desce pela direita, cruza e a bola chega em Elia, que acaba demorando demais para definir a jogada e chuta fraco, parando em defesa de Mucha.
Aos 42 minutos, o técnico Vladimir Weiss fez suas duas últimas substituições ao mesmo tempo (antes tarde do que nunca): saíram Hamsik e Zabavník para as entradas de Marek Sapara e Martin Jakubko.
No minuto seguinte, De Jong lança Kuyt, o atacante arruma de cabeça, cruza rasteiro e Mucha recolhe antes que Elia possa conferir.
Na marca de 46 minutos, a última troca holandesa: Sneijder deixa o gramado do Moses Mabhida e quem entra é Ibrahim Afellay. Ainda aos 46', Afellay recebe e chuta de fora, mandando perto da trave esquerda.
Aos 47 minutos, os eslovacos vão ao ataque e a bola sobra para Jakubko, que dribla Stekelenburg e cai: Mallenco aponta pênalti e dá cartão amarelo para o goleiro. Quem pega a bola é Vittek: ele vai pra cobrança, manda no canto direito e estufa o quadrante 11, fazendo seu 4º gol no Mundial. O árbitro prometera 3 minutos de acréscimos e a conversão da penalidade foi o último ato desse jogo que coloca a Holanda nas quartas-de-finais da Copa do Mundo 2010.
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domingo, 27 de junho de 2010
Holanda E Eslováquia - Indícios De Um Jogão
Holanda e Eslováquia tem tudo para ser uma partida das mais interessantes nessa Copa do Mundo 2010. As equipes que terminaram na liderança do grupo E e na vice-liderança do grupo F, respectivamente, têm vocação ofensiva e costumam demonstrar mais qualidades com a bola no ataque do que quando submetidos à pressão adversária.
A seleção holandesa chega nessa oitavas-de-final com uma campanha de 100% de aproveitamento na fase de grupos, algo inédito na respeitável história da equipe laranja, duas vezes finalista de Copa do Mundo e introdutora do revolucionário esquema de "futebol total", que agraciou o mundo com o "Carrossel Holandês", sob a batuta de Rinus Michels, em 1974. Porém, o encanto do futebol-arte que a Holanda costuma reservar aos amantes do futebol ainda não aterrisou na África do Sul. Não que isso seja pré-requisito para o sucesso, mas é certamente um tempero especial, ainda mais se tratando de uma seleção especialista em preparar pratos saborosos.
A seleção eslovaca, pela primeira vez num Mundial como nação independente, fez um jogão de bola diante da Itália e parece ter aprendido a amarga lição que o futebol lhe deixou no empate de 1a1 com a Nova Zelândia, na estréia. Naquela ocasião, a equipe fez 1a0, tinha condições de partir para um segundo gol, mas passou a aceitar o jogo do adversário - nitidamente mais fraco - e levou o empate nos acréscimos da partida. Porém, diante dos italianos, mesmo vencendo por 1a0, 2a0, 2a1 ou 3a1, a equipe manteve uma postura de atacar o adversário, tornando o jogo absolutamente eletrizante e merecendo a classificação.
Essas nações estarão se enfrentando pela primeira vez, mas são velhas conhecidas quando da existência da antiga Tchecoslováquia. E, veja só, a Holanda é freguesa daquela seleção: em nove partidas, seis vitórias para os tchecoslovacos, dois empates e uma vitória holandesa.
Para a partida dessa segunda-feira, no belo estádio de Durban, os destaques das seleções vestem a camisa de número 11.
Arjen Robben, dando sinais de estar plenamente recuperado de uma lesão na coxa esquerda, talvez seja escalado pela primeira vez na condição de titular. A fera não precisou de muito tempo para entrar em campo na 3ª rodada, fazer bela jogada individual e participar do gol que deu a vitória por 2a1 sobre Camarões.
Róbert Vittek é vice-artilheiro do Mundial, com 3 gols marcados. Jogador com boa presença na área, onde demonstra oportunismo, também consegue trabalhar a bola com qualidade para permitir que outros companheiros fiquem em condições de marcar. A atuação diante dos italianos foi de alto nível, sendo determinante no triunfo por 3a2.
Evidente que ambos os conjuntos não dependem desses atletas. Robin van Persie, Wesley Sneijder, Vladimir Weiss e Marek Hamsik são apenas alguns dos nomes de grande qualidade que servem de exemplo. Mas, sem dúvida, são dois jogadores que aumentam as chances do jogo ganhar ares de espetáculo.
Abaixo, as prováveis - mas não confirmadas - escalações para o jogão que se aproxima.
A seleção holandesa chega nessa oitavas-de-final com uma campanha de 100% de aproveitamento na fase de grupos, algo inédito na respeitável história da equipe laranja, duas vezes finalista de Copa do Mundo e introdutora do revolucionário esquema de "futebol total", que agraciou o mundo com o "Carrossel Holandês", sob a batuta de Rinus Michels, em 1974. Porém, o encanto do futebol-arte que a Holanda costuma reservar aos amantes do futebol ainda não aterrisou na África do Sul. Não que isso seja pré-requisito para o sucesso, mas é certamente um tempero especial, ainda mais se tratando de uma seleção especialista em preparar pratos saborosos.
A seleção eslovaca, pela primeira vez num Mundial como nação independente, fez um jogão de bola diante da Itália e parece ter aprendido a amarga lição que o futebol lhe deixou no empate de 1a1 com a Nova Zelândia, na estréia. Naquela ocasião, a equipe fez 1a0, tinha condições de partir para um segundo gol, mas passou a aceitar o jogo do adversário - nitidamente mais fraco - e levou o empate nos acréscimos da partida. Porém, diante dos italianos, mesmo vencendo por 1a0, 2a0, 2a1 ou 3a1, a equipe manteve uma postura de atacar o adversário, tornando o jogo absolutamente eletrizante e merecendo a classificação.
Essas nações estarão se enfrentando pela primeira vez, mas são velhas conhecidas quando da existência da antiga Tchecoslováquia. E, veja só, a Holanda é freguesa daquela seleção: em nove partidas, seis vitórias para os tchecoslovacos, dois empates e uma vitória holandesa.
Para a partida dessa segunda-feira, no belo estádio de Durban, os destaques das seleções vestem a camisa de número 11.
Arjen Robben, dando sinais de estar plenamente recuperado de uma lesão na coxa esquerda, talvez seja escalado pela primeira vez na condição de titular. A fera não precisou de muito tempo para entrar em campo na 3ª rodada, fazer bela jogada individual e participar do gol que deu a vitória por 2a1 sobre Camarões.
Róbert Vittek é vice-artilheiro do Mundial, com 3 gols marcados. Jogador com boa presença na área, onde demonstra oportunismo, também consegue trabalhar a bola com qualidade para permitir que outros companheiros fiquem em condições de marcar. A atuação diante dos italianos foi de alto nível, sendo determinante no triunfo por 3a2.
Evidente que ambos os conjuntos não dependem desses atletas. Robin van Persie, Wesley Sneijder, Vladimir Weiss e Marek Hamsik são apenas alguns dos nomes de grande qualidade que servem de exemplo. Mas, sem dúvida, são dois jogadores que aumentam as chances do jogo ganhar ares de espetáculo.
Abaixo, as prováveis - mas não confirmadas - escalações para o jogão que se aproxima.
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Gol Irregular Abre Caminho Na Vitória Argentina
No duelo que reeditou o encontro de oitavas-de-final da Copa 2006, a Argentina confirmou o favoritismo, superou os mexicanos, mas só abriu caminho para a vitória por 3a1 através de um gol irregular. Agora, a seleção comandada por Diego Armando Maradona terá o direito de reeditar o encontro de quartas-de-final da mesma Copa 2006, quando foi eliminada nos pênaltis para a então anfitriã Alemanha.
Não sei se existe alguma data no calendário futebolista em homenagem aos árbitros. Mas, se desajarem implementá-la, ela definitivamente não pode ser celebrada num 27 de junho.
México encara a Argentina sem medo, leva perigo mas é injustiçada pela arbitragem
Maradona mandou a campo um time com três modificações em relação à formação considerada titular na fase de grupos: na lateral direita, Jonás Gutiérrez deu lugar a Nicolás Otamendi; na zaga o lesionado Walter Samuel deu lugar a Nicolás Burdisso; e no meio-campo o técnico optou por iniciar a partida com Maximiliano Rodríguez em vez de Juan Sebastián Verón.
Javier Aguirre também mudou um pouco o México: Carlos Vela, machucado, abriu vaga para Javier Hernández enquanto o centroavante Guillermo Franco deu lugar para Adolfo Bautista.
Logo aos dois minutos, a Jabulani mostrou ter vontade própria e foi à procura do craque, saindo pela linha lateral e indo ao encontro de Maradona, que sempre tratou os objetos esféricos com grande carinho.
Com bola dentro de campo, a Argentina esboçou um lance de ataque aos 7 minutos: Carlitos Tévez deixou a bola para Lionel Messi, que carregou e chutou, mas foi bloqueado. O México respondeu no mesmo minuto e de forma convincente: Carlos Salcido chutou de perna direita de fora da área, a bola passou por Sergio Romero e carimbou o travessão. No minuto seguinte, os mexicanos chegaram mais uma vez com grande perigo: Giovani dos Santos vai à linha-de-fundo pelo lado direito de ataque e passa pra trás na direção de José Andrés Guardado, que chuta cruzado, com efeito, rente à trave direita.
Após os sustos seqüenciais, a Argentina tentou buscar fôlego da maneira que mais sabe: atacando. Aos 11 minutos, Tévez driblou Francisco Rodríguez e tentou enfiada para Gonzalo Higuaín, mas a bola saiu com mais força que o ideal e permitiu a chegada do goleiro Óscar Pérez, que recolheu. Ainda na marca de 11 minutos, Messi carregou a bola se livrando de Rafael Márquez e chutou dando uma cavada na redonda - Pérez defendeu em dois tempos. Com 12 minutos no cronômetro, a Argentina chegou mais duas vezes. Primeiro, lançamento para Higuaín, que dominou e viu Salcido cortando imediatamente, negando-lhe qualquer possibilidade de finalização. Depois, na cobrança de escanteio originada nesse lance, Ángel Di María pegou a sobra chutando de primeira, a bola saiu torta e Burdisso a redirecionou também de primeira, mas sem conseguir mandar no rumo do gol. O México respondeu no minuto seguinte: Hernández foi acionado no ataque e agiu rapidamente, arrumando para o chute cruzado que acabou saindo à esquerda do gol.
As equipes continuavam buscando aproximação da área adversária, mas os sistemas defensivos conseguiam se portar bem e levar vantagem na maioria dos lances. Até que, aos 25 minutos, veio o lance polêmico: Messi enfiou para Tévez, o goleiro Pérez saiu para abafar mas não conseguiu segurar, a bola retornou para Messi, que deu um tapinha provavelmente visando o gol. Tévez, em posição de impedimento, colocou a cabeça na bola e mandou para a rede. Seguiu-se um princípio de confusão, pois o árbitro italiano Roberto Rosetti dialogava prolongadamente com seu auxiliar envolvido no lance, dando a pinta de que o gol seria anulado - nos telões do estádio Soccer City a jogada foi repetida e a irregularidade detectada. Cercado por argentinos e mexicanos, Rosetti optou por manter a decisão inicial e o gol ilegal foi validado.
Na volta da bola rolando, Rafa Márquez deu entrada dura em Messi, mostrando claramente que os ânimos ficaram exaltados. Acabou recebendo cartão amarelo.
Outro que mostrou ter perdido a concentração foi o zagueiro Ricardo Osorio: dentro da área, ele fez o movimento de passar a sola por cima da bola e puxá-la para perto de si. Mas acabou encostando com a ponta da chuteira e presenteando Higuaín. Logo ele. Higuaín mostrou como se passar o pé por cima da bola, driblando Pérez, fazendo 2a0 aos 32' e isolando-se como goleador da Copa com 4 gols marcados.
No minuto seguinte, Salcido voltou a dar um chute de perna direita de fora da área e novamente levou perigo: Romero dessa vez alcançou a bola e afastou espalmando. Aos 35', Osorio voltou a errar com a bola dominada e dessa vez presenteou Tévez: o camisa 11 tentou cruzar para Messi mas a defesa mexicana afastou. No minuto seguinte, a Argentina teve arremesso lateral, a bola chegou em Di María pelo lado esquerdo, que finalizou e Pérez rebateu - na seqüência, Tévez chutou a bola em cima da defesa mexicana.
Na marca de 41', Higuaín teve a chance de ampliar: Maxi Rodríguez cruzou da direita, a bola passou por Osorio e chegou no camisa 9, que cabeceou livre, mas à direita do gol. No minuto seguinte foi a vez dos mexicanos tentarem cruzamento: Bautista colocou na área a partir do lado esquerdo e Romero subiu para agarrar. Aos 43', o capitão Márquez chutou da intermediária à meia-altura e Romero encaixou. Na marca de 45', novamente pelo lado esquerdo de ataque mexicano, a bola foi colocada firme para dentro da área, Hernández esticou-se e por pouco não alcançou - Romero segurou.
Após o apito de intervalo, o movimento natural de deslocamento para os vestiários foi trocado por uma confusão entre alguns jogadores de ambas as seleções e indivíduos trajando uniformes da FIFA, do lado de fora do campo de jogo. Roberto Rosetti foi conferir do que se tratava mas não precisou punir ninguém: Maradona foi um dos que se aproximou da muvuca para acalmar os ânimos e tudo se ajeitou.
Golaço de Tévez aos 6 minutos liquida a fatura diante de um México que jamais entregou os pontos
Na volta para a etapa complementar, Aguirre decidiu dar maior agilidade ao time e trocou Bautista por Pablo Barrera.
Com 1 minuto, o participativo Salcido pegou sobra de escanteio e chutou de primeira, à direita. Aos 2 minutos, Martín Demichelis seguiu o exemplo de Osorio e presenteou o adversário: mas teve a felicidade de recuperar-se no lance com Barrera e ceder apenas arremesso lateral.
Os argentinos chegaram ao ataque aos 6 minutos. E foi pra valer. Tévez tentou passe, Osorio fez o bloqueio e a bola retornou para Carlitos: com precisão impressionante, Tévez pegou de primeira e mandou um chutaço inapelável à meia-altura, no canto esquerdo de Pérez.
Aos 14 minutos, linda jogada individual de Barrera pelo lado esquerdo: o camisa 7 driblou Otamendi, canetou Maxi Rodríguez mas acabou sendo levado pela empolgação, chutando na rede externa em vez de servir um companheiro na área. Aos 15', Guardado tentou de fora da área e a bola saiu por cima. Foi a última participação do camisa 18, substituído pelo centroavante Guille Franco.
Aos 16 minutos, Salcido deu novo chute de fora da área e Romero caiu além da trave direita para espalmar. O escanteio foi cobrado, Barrera levantou na área e Hernández subiu soberano, mas acabou cabeceando por cima do travessão.
Na marca de 23 minutos, Tévez deu lugar a Verón, e mostrou-se insatisfeito com o fato de deixar o campo. Nada contra a substituição em si, provavelmente foi uma reação de alguém que estava determinado a dar ainda mais pelo time.
Com 24 minutos, o México quase chegou ao gol: Salcido fez jogada pela esquerda, levantou na área, a defesa argentina desviou e a bola chegou na direita para Barrera, que chutou para o chão - Gabriel Heinze tirou em cima da linha com a cabeça uma bola que já tinha passado por Romero.
No minuto seguinte, a seleção mexicana chegou enfim ao gol que não cessou de buscar: Hernández recebeu na área, escapou rapidamente de Otamendi e Demichelis, arrumou pra canhota e encheu o pé para colocar no canto direito, descontando o placar.
3 minutos depois, Messi, apagado na segunda etapa, arrancou mas foi desarmado por Márquez. Mais 3 minutos passados e Javier Mascherano lançou Di María: Pérez saiu da área e chutou a bola pela lateral. Com 33 minutos, Di María saiu para entrada de Gutiérrez, aumentando de vez o poder de marcação no meio-campo.
Aos 35', Barrera cruzou com curva a partir do lado esquerdo de ataque e Heinze cortou de cabeça antes de Márquez, em lance que o goleiro Romero ficou parado.
Aos 37', Franco dá um chapéu em Demichelis, mas não consegue mais do que um escanteio e uma jogada de efeito. Na marca de 41', Efraín Juárez recebe de Giovani, rola atrás e Salcido chuta mandando à esquerda, longe do gol. Deu-se, então, a última mexida na seleção argentina: Maxi Rodríguez por Javier Pastore.
Com 42 minutos, Osorio tenta pelo lado direito, de longe, e manda à direita. Na marca de 43 minutos, Barrera abre na direita com Osorio, que cruza rasteiro e Romero defende. Aos 45 minutos, Salcido afasta mal, Pastore intercepta, parte pra jogada individual e sofre falta de Torrado. E Messi, por alguns minutos sumido, mostrou que estava em campo daquele jeito que todo mundo gosta (exceto os adversários): pegou a bola, driblou Márquez, driblou Torrado e chutou cruzado. Pérez se esticou para espalmar. Não foi dessa vez, ainda, que saiu o gol da fera. Mas com certeza está guardado para um momento mais oportuno. Ele merece.
Não sei se existe alguma data no calendário futebolista em homenagem aos árbitros. Mas, se desajarem implementá-la, ela definitivamente não pode ser celebrada num 27 de junho.
México encara a Argentina sem medo, leva perigo mas é injustiçada pela arbitragem
Maradona mandou a campo um time com três modificações em relação à formação considerada titular na fase de grupos: na lateral direita, Jonás Gutiérrez deu lugar a Nicolás Otamendi; na zaga o lesionado Walter Samuel deu lugar a Nicolás Burdisso; e no meio-campo o técnico optou por iniciar a partida com Maximiliano Rodríguez em vez de Juan Sebastián Verón.
Javier Aguirre também mudou um pouco o México: Carlos Vela, machucado, abriu vaga para Javier Hernández enquanto o centroavante Guillermo Franco deu lugar para Adolfo Bautista.
Logo aos dois minutos, a Jabulani mostrou ter vontade própria e foi à procura do craque, saindo pela linha lateral e indo ao encontro de Maradona, que sempre tratou os objetos esféricos com grande carinho.
Com bola dentro de campo, a Argentina esboçou um lance de ataque aos 7 minutos: Carlitos Tévez deixou a bola para Lionel Messi, que carregou e chutou, mas foi bloqueado. O México respondeu no mesmo minuto e de forma convincente: Carlos Salcido chutou de perna direita de fora da área, a bola passou por Sergio Romero e carimbou o travessão. No minuto seguinte, os mexicanos chegaram mais uma vez com grande perigo: Giovani dos Santos vai à linha-de-fundo pelo lado direito de ataque e passa pra trás na direção de José Andrés Guardado, que chuta cruzado, com efeito, rente à trave direita.
Após os sustos seqüenciais, a Argentina tentou buscar fôlego da maneira que mais sabe: atacando. Aos 11 minutos, Tévez driblou Francisco Rodríguez e tentou enfiada para Gonzalo Higuaín, mas a bola saiu com mais força que o ideal e permitiu a chegada do goleiro Óscar Pérez, que recolheu. Ainda na marca de 11 minutos, Messi carregou a bola se livrando de Rafael Márquez e chutou dando uma cavada na redonda - Pérez defendeu em dois tempos. Com 12 minutos no cronômetro, a Argentina chegou mais duas vezes. Primeiro, lançamento para Higuaín, que dominou e viu Salcido cortando imediatamente, negando-lhe qualquer possibilidade de finalização. Depois, na cobrança de escanteio originada nesse lance, Ángel Di María pegou a sobra chutando de primeira, a bola saiu torta e Burdisso a redirecionou também de primeira, mas sem conseguir mandar no rumo do gol. O México respondeu no minuto seguinte: Hernández foi acionado no ataque e agiu rapidamente, arrumando para o chute cruzado que acabou saindo à esquerda do gol.
As equipes continuavam buscando aproximação da área adversária, mas os sistemas defensivos conseguiam se portar bem e levar vantagem na maioria dos lances. Até que, aos 25 minutos, veio o lance polêmico: Messi enfiou para Tévez, o goleiro Pérez saiu para abafar mas não conseguiu segurar, a bola retornou para Messi, que deu um tapinha provavelmente visando o gol. Tévez, em posição de impedimento, colocou a cabeça na bola e mandou para a rede. Seguiu-se um princípio de confusão, pois o árbitro italiano Roberto Rosetti dialogava prolongadamente com seu auxiliar envolvido no lance, dando a pinta de que o gol seria anulado - nos telões do estádio Soccer City a jogada foi repetida e a irregularidade detectada. Cercado por argentinos e mexicanos, Rosetti optou por manter a decisão inicial e o gol ilegal foi validado.
Na volta da bola rolando, Rafa Márquez deu entrada dura em Messi, mostrando claramente que os ânimos ficaram exaltados. Acabou recebendo cartão amarelo.
Outro que mostrou ter perdido a concentração foi o zagueiro Ricardo Osorio: dentro da área, ele fez o movimento de passar a sola por cima da bola e puxá-la para perto de si. Mas acabou encostando com a ponta da chuteira e presenteando Higuaín. Logo ele. Higuaín mostrou como se passar o pé por cima da bola, driblando Pérez, fazendo 2a0 aos 32' e isolando-se como goleador da Copa com 4 gols marcados.
No minuto seguinte, Salcido voltou a dar um chute de perna direita de fora da área e novamente levou perigo: Romero dessa vez alcançou a bola e afastou espalmando. Aos 35', Osorio voltou a errar com a bola dominada e dessa vez presenteou Tévez: o camisa 11 tentou cruzar para Messi mas a defesa mexicana afastou. No minuto seguinte, a Argentina teve arremesso lateral, a bola chegou em Di María pelo lado esquerdo, que finalizou e Pérez rebateu - na seqüência, Tévez chutou a bola em cima da defesa mexicana.
Na marca de 41', Higuaín teve a chance de ampliar: Maxi Rodríguez cruzou da direita, a bola passou por Osorio e chegou no camisa 9, que cabeceou livre, mas à direita do gol. No minuto seguinte foi a vez dos mexicanos tentarem cruzamento: Bautista colocou na área a partir do lado esquerdo e Romero subiu para agarrar. Aos 43', o capitão Márquez chutou da intermediária à meia-altura e Romero encaixou. Na marca de 45', novamente pelo lado esquerdo de ataque mexicano, a bola foi colocada firme para dentro da área, Hernández esticou-se e por pouco não alcançou - Romero segurou.
Após o apito de intervalo, o movimento natural de deslocamento para os vestiários foi trocado por uma confusão entre alguns jogadores de ambas as seleções e indivíduos trajando uniformes da FIFA, do lado de fora do campo de jogo. Roberto Rosetti foi conferir do que se tratava mas não precisou punir ninguém: Maradona foi um dos que se aproximou da muvuca para acalmar os ânimos e tudo se ajeitou.
Golaço de Tévez aos 6 minutos liquida a fatura diante de um México que jamais entregou os pontos
Na volta para a etapa complementar, Aguirre decidiu dar maior agilidade ao time e trocou Bautista por Pablo Barrera.
Com 1 minuto, o participativo Salcido pegou sobra de escanteio e chutou de primeira, à direita. Aos 2 minutos, Martín Demichelis seguiu o exemplo de Osorio e presenteou o adversário: mas teve a felicidade de recuperar-se no lance com Barrera e ceder apenas arremesso lateral.
Os argentinos chegaram ao ataque aos 6 minutos. E foi pra valer. Tévez tentou passe, Osorio fez o bloqueio e a bola retornou para Carlitos: com precisão impressionante, Tévez pegou de primeira e mandou um chutaço inapelável à meia-altura, no canto esquerdo de Pérez.
Aos 14 minutos, linda jogada individual de Barrera pelo lado esquerdo: o camisa 7 driblou Otamendi, canetou Maxi Rodríguez mas acabou sendo levado pela empolgação, chutando na rede externa em vez de servir um companheiro na área. Aos 15', Guardado tentou de fora da área e a bola saiu por cima. Foi a última participação do camisa 18, substituído pelo centroavante Guille Franco.
Aos 16 minutos, Salcido deu novo chute de fora da área e Romero caiu além da trave direita para espalmar. O escanteio foi cobrado, Barrera levantou na área e Hernández subiu soberano, mas acabou cabeceando por cima do travessão.
Na marca de 23 minutos, Tévez deu lugar a Verón, e mostrou-se insatisfeito com o fato de deixar o campo. Nada contra a substituição em si, provavelmente foi uma reação de alguém que estava determinado a dar ainda mais pelo time.
Com 24 minutos, o México quase chegou ao gol: Salcido fez jogada pela esquerda, levantou na área, a defesa argentina desviou e a bola chegou na direita para Barrera, que chutou para o chão - Gabriel Heinze tirou em cima da linha com a cabeça uma bola que já tinha passado por Romero.
No minuto seguinte, a seleção mexicana chegou enfim ao gol que não cessou de buscar: Hernández recebeu na área, escapou rapidamente de Otamendi e Demichelis, arrumou pra canhota e encheu o pé para colocar no canto direito, descontando o placar.
3 minutos depois, Messi, apagado na segunda etapa, arrancou mas foi desarmado por Márquez. Mais 3 minutos passados e Javier Mascherano lançou Di María: Pérez saiu da área e chutou a bola pela lateral. Com 33 minutos, Di María saiu para entrada de Gutiérrez, aumentando de vez o poder de marcação no meio-campo.
Aos 35', Barrera cruzou com curva a partir do lado esquerdo de ataque e Heinze cortou de cabeça antes de Márquez, em lance que o goleiro Romero ficou parado.
Aos 37', Franco dá um chapéu em Demichelis, mas não consegue mais do que um escanteio e uma jogada de efeito. Na marca de 41', Efraín Juárez recebe de Giovani, rola atrás e Salcido chuta mandando à esquerda, longe do gol. Deu-se, então, a última mexida na seleção argentina: Maxi Rodríguez por Javier Pastore.
Com 42 minutos, Osorio tenta pelo lado direito, de longe, e manda à direita. Na marca de 43 minutos, Barrera abre na direita com Osorio, que cruza rasteiro e Romero defende. Aos 45 minutos, Salcido afasta mal, Pastore intercepta, parte pra jogada individual e sofre falta de Torrado. E Messi, por alguns minutos sumido, mostrou que estava em campo daquele jeito que todo mundo gosta (exceto os adversários): pegou a bola, driblou Márquez, driblou Torrado e chutou cruzado. Pérez se esticou para espalmar. Não foi dessa vez, ainda, que saiu o gol da fera. Mas com certeza está guardado para um momento mais oportuno. Ele merece.
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Larrionda E Contra-ataques Detonam A Inglaterra
A última vitória dos ingleses sobre os alemães numa Copa do Mundo havia acontecido em 1966, na final disputada em Wembley. Se naquela oportunidade a Inglaterra teve um gol incorretamente validado, 44 anos depois, em Bloemfontein, foi a vez dos ingleses lamentarem um erro de arbitragem: o uruguaio Jorge Luis Larrionda, de 42 anos (ou seja, nem era nascido na ocasião do título inglês), ignorou solenemente um gol de Frank Lampard, que seria o de empate em 2a2, numa bola que passou 33 perceptíveis centímetros da linha final.
A Alemanha, que não tem nada com isso - ou tem? - tratou de voltar para o segundo tempo com a fictícia vantagem de 2a1 e definir a classificação em contra-ataques aniquiladores. Tão aniquiladores quanto o apito do sujeito escalado para a partida. Aliás, o que leva a comissão de arbitragem a chamar Jorge Larrionda para um jogo de oitavas-de-final após ele fazer o que fez com a Sérvia na última rodada da fase de grupos? São perguntas que clamam por uma resposta. Enquanto isso, a tecnologia não entra no futebol e vemos essa brecha para indivíduos como Larrionda decidirem a sorte daqueles que trabalham.
Primeiro tempo com 4 gols, mas somente 3 validados - um jogo que perdeu o sentido aos 37 minutos
Aos 4 minutos, a Inglaterra já dava sinais de que David James teria muito trabalho diante da defesa que deveria protegê-lo. Lançamento para Mesut Özil, que fica cara-a-cara com James, chuta rasteiro e vê o goleiro realizar grande defesa com o pé. Antes disso, porém, já houve tempo para o primeiro erro de arbitragem: Wayne Rooney estava em condições legais para avançar em direção ao gol, mas foi marcado impedimento.
Na marca de 9 minutos, Steven Gerrard - figura do English Team que mais aparecia para o jogo - lançou para Jermain Defoe, mas Manuel Neuer saiu para recolher. No minuto seguinte, o primeiro de muitos contra-ataques alemães: eram três contra três, mas o fominha Lukas Podolski chutou na defesa inglesa. Aos 14', Philipp Lahm cruzou da direita e James saltou para segurar. A Alemanha começava a dominar o jogo: dois minutos depois, Sami Khedira carrega a bola observado por Gareth Barry, chuta de fora da área e isola a Jabulani. No minuto seguinte, Bastian Schweinsteiger é desarmado no ataque e proporciona a chance para o contra-ataque inglês: Lampard dá uma caneta em Khedira e é derrubado por Schweinsteiger, que, se não conseguiu retomar a posse de bola, pelo menos interrompeu o avanço adversário. Na cobrança da falta, Lampard mandou a bola na barreira.
Com 19 minutos, Neuer tem tiro-de-meta para cobrar. E daí? Qual o perigo de um tiro-de-meta? Pois a bola viajou descrevendo uma parábola longitudinal (traduzindo: fez curva pra direita e depois pra esquerda), deu um quique depois da intermediária de ataque (não pergunte-me como) e chegou até o atacante Miroslav Klose, que escapou de Matthew Upson e esticou a perna direita para chutar antes que James impedisse: 1a0 Alemanha.
Wayne Rooney tentou dar uma resposta em jogada individual aos 23 minutos, mas após carregar a bola da esquerda para o centro, deu um chute que foi longe do gol. No minuto seguinte, Barry recebeu toque de lado e também decidiu chutar de fora da área - Neuer encaixou.
Aos 27 minutos, Larrionda fez a gentileza de armar o contra-ataque alemão, posicionando-se na trajetória da bola quando a Inglaterra tinha a posse. Posse essa, aliás, que era naquela altura 58% do tempo inglesa.
Na marca de 30 minutos, a Alemanha voltou a apresentar aquelas jogadas encantadoras que foram vistas nos seus dois primeiros jogos: Thomas Müller passou para Khedira, que devolveu de primeira com um toque de letra. Müller tratou de deixar Klose cara-a-cara com David James, que fez uma defesaça após a finalização do camisa 11.
No minuto seguinte, Glen Johnson dá um passe de cavada para Defoe, que cabeceia no travessão. A arbitragem assinalou impedimento, com correção. Ainda aos 31 minutos, a Alemanha chegou ao segundo gol. E foi linda a jogada: Müller tocou para Özil, que passou para Klose, próximo da linha lateral direita. O atacante polonês conseguiu dar boa bola para Müller, que deu um passe simplesmente magistral para Lukas Podolski - e o outro polonês do time não desperdiçou, dominando a bola e dando chute cruzado no canto esquerdo.
Com a desvantagem de 2a0, a Inglaterra se mandou ao ataque. Aos 34', James Milner cruza baixo da direita, Lampard desvia e Neuer salva com a mão direita, em bela intervenção - na seqüencia, a defesa alemã afastou. Aos 35', resposta da Alemanha: escanteio pela esquerda, Barry não corta, Klose dá uma puxadinha e num único toque se livra de Barry e de Upson, mas o chute é bloqueado.
Na marca de 36 minutos, Upson vai pra área, Gerrard faz o cruzamento pelo lado direito e o zagueirão sobe bem para amortecer com a testa, escorando para dentro do gol antes que Neuer pudesse evitar.
A Inglaterra entrou novamente no jogo e empataria já no minuto seguinte: da meia-lua, Lampard mostra grande visão e precisão no chute, encobrindo Neuer. A bola beija o travessão, quica dentro do gol, volta para o travessão e quica sobre a linha. Fabio Capello comemora o empate no banco de reservas mas muda subitamente de expressão ao observar que Jorge Larrionda mandava o jogo seguir, sem validar o golaço. Para facilitar o trabalho do árbitro e do assistente Mauricio Espinosa, a bola que quicara dentro retornou ao travessão para quicar na linha. Se ela vem de trás para quicar na linha, por uma questão de lógica, ela naturalmente saiu de dentro do gol. Parece que apenas o árbitro uruguaio e seu auxiliar compatriota - ou seria cúmplice? - não notaram isso. Ou será que notaram?
Aos 38 minutos, a Alemanha chegava ao ataque com Özil, que chutou rente à trave esquerda. Era a última chance de gol num primeiro tempo muito bem jogado mas muito mal apitado.
Alemanha não perdoa a lenta e escancarada defesa inglesa e chega à goleada
Se não houve qualquer cartão no primeiro tempo - até porque ninguém tem autoridade para expulsar o juíz -, com 1 minuto na etapa complementar o zagueiro Arne Friedrich foi ao tornozelo de Defoe e recebeu o amarelo.
Aos 3', Gerrard carregou a bola pela esquerda, fez um breve retorno para se afastar de Per Mertesacker e também de Lahm, chutou ao gol mas mandou à direita. Aos 6 minutos, Lampard cobrou falta a 34 metros de distância da linha final e acertou um foguete no travessão. Na marca de 9 minutos, John Terry saiu jogando errado, Klose pegou a bola e desceu pelo lado direito, mas o camisa 6 se recuperou cortando o lance com o peito. No minuto seguinte, Gerrard voltou a tentar um chute de fora da área pelo lado esquerdo e Neuer segurou.
As chances de gol aconteciam de minuto em minuto. Aos 11', Rooney deixou a bola passar para um companheiro melhor posicionado e Neuer conseguiu chegar na bola pouco antes de Defoe, afastando de carrinho. Aos 12', Gerrard arriscou novamente de fora da área e dessa vez a bola saiu pelo lado direito da meta. Na marca de 13 minutos, James se revoltou com o sistema defensivo de sua equipe. E com razão: Müller recebeu pelo centro do comando de ataque, viu um grande clarão à sua frente e chutou, mas a bola foi à esquerda do gol.
Com 15 minutos, seguia a busca pelo empate: Rooney abriu na direita com Milner, que cruzou de primeira para o miolo da área e Neuer recolheu. Aos 16', nova abertura de Rooney com Milner e dessa vez o camisa 16 decidiu chutar ao gol, mas a bola foi bloqueada nas costas de Jérôme Boateng. Se a moda era chutar de fora da área, Schweinsteiger resolveu experimentar também e mandou um chute perigoso que saiu perto da trave direita, aos 17'. No minuto seguinte, Özil tabelou com Khedira, passou atrás para Boateng e o camisa 20 isolou.
Fabio Capello finalmente mexeu e trocou Milner por Joe Cole.
Aos 20 minutos, Joe Cole passou para Rooney, que tentou o drible e foi obstruído por Friedrich. Na falta a 28 metros do gol, Lampard chutou à meia-altura e ficou na barreira. E estava armado o contra-ataque avassalador da Alemanha: Boateng entrega para Müller, que passa para Schweinsteiger e já parte em velocidade. Eram 3 contra 3 e Schweinsteiger deu boa abertura na direita com Müller, que chutou no contrapé de James para fazer 3a1.
Na marca de 23 minutos, a Alemanha já teve chance de ampliar: Boateng passou para Podolski, que desviou para Müller emendar de 3 dedos à esquerda do gol. No minuto seguinte não teve jeito e os alemães encaixaram mais um contra-ataque fulminante: Khedira fez o lançamento, Özil ganhou de Barry na corrida e serviu Müller com um passe entre as pernas de Ashley Cole. O camisa 13 correspondeu mais uma vez e completou para a rede - 4a1.
Não apenas pelo apito do Larrionda nem pelo placar elástico que foi construído, mas principalmente pela facilidade com que os comandados de Joachim Löw desenvolviam as jogadas, ficava claro que a Inglaterra não teria qualquer chance de reverter o placar.
Aos 25', Capello decidiu trocar de atacante e pôs Emile Heskey no lugar de Defoe. No minuto seguinte, Löw trocou Müller por Piotr Trochowski e Klose por Mario Gómez. Aplausos para o camisa 13, que teve atuação de gala.
Com 28 minutos, Özil driblou Johnson mas foi parado com falta. Na marca de 33', Gómez tentou sozinho pela direita e, marcado por Upson, chutou para fora. A Inglaterra teve um bom ataque aos 35': Lampard passou para Rooney, que deu de primeira para Gerrard. O capitão parou a corrida e chutou cruzado para linda defesa de Neuer com a mão esquerda. No minuto seguinte, Johnson puxou Özil pelo ombro e recebeu o amarelo - mas não teve que se preocupar com a suspensão automática, já que a Inglaterra se despediria da Copa ali mesmo.
Com 37 minutos, Özil saiu e Stefan Kiessling entrou em seu lugar, na 3ª substituição de Löw. 4 minutos depois, Capello também mexeu pela 3ª e última vez: Shaun Wright-Phillips no lugar de Johnson. Não que fosse haver grande transformação no cenário, mas era a típica troca que poderia ter sido feita antes (troca fundamental mesmo teria sido no trio de arbitragem).
Aos 42 minutos, Rooney cobrou escanteio no lado direito com passe curto para Gerrard, recebeu de volta, cruzou rasteiro, Barry chegou chutando mas a defesa alemã desviou em novo escanteio. Aos 43', Lampard deu chute com efeito de fora da área e Neuer defendeu em dois tempos no canto esquerdo. Aos 44', Wright-Phillips cruzou da direita e Neuer recolheu antes que Heskey pudesse tentar algo.
Na marca de 47 minutos, Larrionda cometeu o ato de apitar pela última vez. Felizmente, o Uruguai segue na Copa, impedindo a escalação desse sujeito. Embora seja inevitável colocar em evidência a atuação desastrosa da arbitragem, isso não deve(ria) ofuscar o fato de a Alemanha ter apresentado, novamente, um belíssimo futebol.
A Alemanha, que não tem nada com isso - ou tem? - tratou de voltar para o segundo tempo com a fictícia vantagem de 2a1 e definir a classificação em contra-ataques aniquiladores. Tão aniquiladores quanto o apito do sujeito escalado para a partida. Aliás, o que leva a comissão de arbitragem a chamar Jorge Larrionda para um jogo de oitavas-de-final após ele fazer o que fez com a Sérvia na última rodada da fase de grupos? São perguntas que clamam por uma resposta. Enquanto isso, a tecnologia não entra no futebol e vemos essa brecha para indivíduos como Larrionda decidirem a sorte daqueles que trabalham.
Primeiro tempo com 4 gols, mas somente 3 validados - um jogo que perdeu o sentido aos 37 minutos
Aos 4 minutos, a Inglaterra já dava sinais de que David James teria muito trabalho diante da defesa que deveria protegê-lo. Lançamento para Mesut Özil, que fica cara-a-cara com James, chuta rasteiro e vê o goleiro realizar grande defesa com o pé. Antes disso, porém, já houve tempo para o primeiro erro de arbitragem: Wayne Rooney estava em condições legais para avançar em direção ao gol, mas foi marcado impedimento.
Na marca de 9 minutos, Steven Gerrard - figura do English Team que mais aparecia para o jogo - lançou para Jermain Defoe, mas Manuel Neuer saiu para recolher. No minuto seguinte, o primeiro de muitos contra-ataques alemães: eram três contra três, mas o fominha Lukas Podolski chutou na defesa inglesa. Aos 14', Philipp Lahm cruzou da direita e James saltou para segurar. A Alemanha começava a dominar o jogo: dois minutos depois, Sami Khedira carrega a bola observado por Gareth Barry, chuta de fora da área e isola a Jabulani. No minuto seguinte, Bastian Schweinsteiger é desarmado no ataque e proporciona a chance para o contra-ataque inglês: Lampard dá uma caneta em Khedira e é derrubado por Schweinsteiger, que, se não conseguiu retomar a posse de bola, pelo menos interrompeu o avanço adversário. Na cobrança da falta, Lampard mandou a bola na barreira.
Com 19 minutos, Neuer tem tiro-de-meta para cobrar. E daí? Qual o perigo de um tiro-de-meta? Pois a bola viajou descrevendo uma parábola longitudinal (traduzindo: fez curva pra direita e depois pra esquerda), deu um quique depois da intermediária de ataque (não pergunte-me como) e chegou até o atacante Miroslav Klose, que escapou de Matthew Upson e esticou a perna direita para chutar antes que James impedisse: 1a0 Alemanha.
Wayne Rooney tentou dar uma resposta em jogada individual aos 23 minutos, mas após carregar a bola da esquerda para o centro, deu um chute que foi longe do gol. No minuto seguinte, Barry recebeu toque de lado e também decidiu chutar de fora da área - Neuer encaixou.
Aos 27 minutos, Larrionda fez a gentileza de armar o contra-ataque alemão, posicionando-se na trajetória da bola quando a Inglaterra tinha a posse. Posse essa, aliás, que era naquela altura 58% do tempo inglesa.
Na marca de 30 minutos, a Alemanha voltou a apresentar aquelas jogadas encantadoras que foram vistas nos seus dois primeiros jogos: Thomas Müller passou para Khedira, que devolveu de primeira com um toque de letra. Müller tratou de deixar Klose cara-a-cara com David James, que fez uma defesaça após a finalização do camisa 11.
No minuto seguinte, Glen Johnson dá um passe de cavada para Defoe, que cabeceia no travessão. A arbitragem assinalou impedimento, com correção. Ainda aos 31 minutos, a Alemanha chegou ao segundo gol. E foi linda a jogada: Müller tocou para Özil, que passou para Klose, próximo da linha lateral direita. O atacante polonês conseguiu dar boa bola para Müller, que deu um passe simplesmente magistral para Lukas Podolski - e o outro polonês do time não desperdiçou, dominando a bola e dando chute cruzado no canto esquerdo.
Com a desvantagem de 2a0, a Inglaterra se mandou ao ataque. Aos 34', James Milner cruza baixo da direita, Lampard desvia e Neuer salva com a mão direita, em bela intervenção - na seqüencia, a defesa alemã afastou. Aos 35', resposta da Alemanha: escanteio pela esquerda, Barry não corta, Klose dá uma puxadinha e num único toque se livra de Barry e de Upson, mas o chute é bloqueado.
Na marca de 36 minutos, Upson vai pra área, Gerrard faz o cruzamento pelo lado direito e o zagueirão sobe bem para amortecer com a testa, escorando para dentro do gol antes que Neuer pudesse evitar.
A Inglaterra entrou novamente no jogo e empataria já no minuto seguinte: da meia-lua, Lampard mostra grande visão e precisão no chute, encobrindo Neuer. A bola beija o travessão, quica dentro do gol, volta para o travessão e quica sobre a linha. Fabio Capello comemora o empate no banco de reservas mas muda subitamente de expressão ao observar que Jorge Larrionda mandava o jogo seguir, sem validar o golaço. Para facilitar o trabalho do árbitro e do assistente Mauricio Espinosa, a bola que quicara dentro retornou ao travessão para quicar na linha. Se ela vem de trás para quicar na linha, por uma questão de lógica, ela naturalmente saiu de dentro do gol. Parece que apenas o árbitro uruguaio e seu auxiliar compatriota - ou seria cúmplice? - não notaram isso. Ou será que notaram?
Aos 38 minutos, a Alemanha chegava ao ataque com Özil, que chutou rente à trave esquerda. Era a última chance de gol num primeiro tempo muito bem jogado mas muito mal apitado.
Alemanha não perdoa a lenta e escancarada defesa inglesa e chega à goleada
Se não houve qualquer cartão no primeiro tempo - até porque ninguém tem autoridade para expulsar o juíz -, com 1 minuto na etapa complementar o zagueiro Arne Friedrich foi ao tornozelo de Defoe e recebeu o amarelo.
Aos 3', Gerrard carregou a bola pela esquerda, fez um breve retorno para se afastar de Per Mertesacker e também de Lahm, chutou ao gol mas mandou à direita. Aos 6 minutos, Lampard cobrou falta a 34 metros de distância da linha final e acertou um foguete no travessão. Na marca de 9 minutos, John Terry saiu jogando errado, Klose pegou a bola e desceu pelo lado direito, mas o camisa 6 se recuperou cortando o lance com o peito. No minuto seguinte, Gerrard voltou a tentar um chute de fora da área pelo lado esquerdo e Neuer segurou.
As chances de gol aconteciam de minuto em minuto. Aos 11', Rooney deixou a bola passar para um companheiro melhor posicionado e Neuer conseguiu chegar na bola pouco antes de Defoe, afastando de carrinho. Aos 12', Gerrard arriscou novamente de fora da área e dessa vez a bola saiu pelo lado direito da meta. Na marca de 13 minutos, James se revoltou com o sistema defensivo de sua equipe. E com razão: Müller recebeu pelo centro do comando de ataque, viu um grande clarão à sua frente e chutou, mas a bola foi à esquerda do gol.
Com 15 minutos, seguia a busca pelo empate: Rooney abriu na direita com Milner, que cruzou de primeira para o miolo da área e Neuer recolheu. Aos 16', nova abertura de Rooney com Milner e dessa vez o camisa 16 decidiu chutar ao gol, mas a bola foi bloqueada nas costas de Jérôme Boateng. Se a moda era chutar de fora da área, Schweinsteiger resolveu experimentar também e mandou um chute perigoso que saiu perto da trave direita, aos 17'. No minuto seguinte, Özil tabelou com Khedira, passou atrás para Boateng e o camisa 20 isolou.
Fabio Capello finalmente mexeu e trocou Milner por Joe Cole.
Aos 20 minutos, Joe Cole passou para Rooney, que tentou o drible e foi obstruído por Friedrich. Na falta a 28 metros do gol, Lampard chutou à meia-altura e ficou na barreira. E estava armado o contra-ataque avassalador da Alemanha: Boateng entrega para Müller, que passa para Schweinsteiger e já parte em velocidade. Eram 3 contra 3 e Schweinsteiger deu boa abertura na direita com Müller, que chutou no contrapé de James para fazer 3a1.
Na marca de 23 minutos, a Alemanha já teve chance de ampliar: Boateng passou para Podolski, que desviou para Müller emendar de 3 dedos à esquerda do gol. No minuto seguinte não teve jeito e os alemães encaixaram mais um contra-ataque fulminante: Khedira fez o lançamento, Özil ganhou de Barry na corrida e serviu Müller com um passe entre as pernas de Ashley Cole. O camisa 13 correspondeu mais uma vez e completou para a rede - 4a1.
Não apenas pelo apito do Larrionda nem pelo placar elástico que foi construído, mas principalmente pela facilidade com que os comandados de Joachim Löw desenvolviam as jogadas, ficava claro que a Inglaterra não teria qualquer chance de reverter o placar.
Aos 25', Capello decidiu trocar de atacante e pôs Emile Heskey no lugar de Defoe. No minuto seguinte, Löw trocou Müller por Piotr Trochowski e Klose por Mario Gómez. Aplausos para o camisa 13, que teve atuação de gala.
Com 28 minutos, Özil driblou Johnson mas foi parado com falta. Na marca de 33', Gómez tentou sozinho pela direita e, marcado por Upson, chutou para fora. A Inglaterra teve um bom ataque aos 35': Lampard passou para Rooney, que deu de primeira para Gerrard. O capitão parou a corrida e chutou cruzado para linda defesa de Neuer com a mão esquerda. No minuto seguinte, Johnson puxou Özil pelo ombro e recebeu o amarelo - mas não teve que se preocupar com a suspensão automática, já que a Inglaterra se despediria da Copa ali mesmo.
Com 37 minutos, Özil saiu e Stefan Kiessling entrou em seu lugar, na 3ª substituição de Löw. 4 minutos depois, Capello também mexeu pela 3ª e última vez: Shaun Wright-Phillips no lugar de Johnson. Não que fosse haver grande transformação no cenário, mas era a típica troca que poderia ter sido feita antes (troca fundamental mesmo teria sido no trio de arbitragem).
Aos 42 minutos, Rooney cobrou escanteio no lado direito com passe curto para Gerrard, recebeu de volta, cruzou rasteiro, Barry chegou chutando mas a defesa alemã desviou em novo escanteio. Aos 43', Lampard deu chute com efeito de fora da área e Neuer defendeu em dois tempos no canto esquerdo. Aos 44', Wright-Phillips cruzou da direita e Neuer recolheu antes que Heskey pudesse tentar algo.
Na marca de 47 minutos, Larrionda cometeu o ato de apitar pela última vez. Felizmente, o Uruguai segue na Copa, impedindo a escalação desse sujeito. Embora seja inevitável colocar em evidência a atuação desastrosa da arbitragem, isso não deve(ria) ofuscar o fato de a Alemanha ter apresentado, novamente, um belíssimo futebol.
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Na Prorrogação, Gana Faz A Festa Africana
A seleção de Gana estreou em Copas do Mundo na edição passada, quando conseguiu avançar até as oitavas. E já na sua segunda participação, Gana-2010 conseguiu igualar os feitos de Camarões-1990 e Senegal-2002, tornando-se a 3ª nação africana a alcançar as quartas-de-finais em Mundiais. A conquista se deu após triunfo histórico diante da valente seleção dos Estados Unidos, que foi superior na maior parte do tempo.
Na primeira chegada ganesa, placar inaugurado
Quem começou a partida tomando a iniciativa foi a seleção estadunidense. Com 1 minuto, Landon Donovan recuperou a bola no campo de ataque, passou para Robbie Findley, recebeu de volta na direita e cruzou pra área, mas ninguém apareceu para alcançar. Na marca de 4 minutos, Clint Dempsey chutou de fora da área e Richard Kingson defendeu em dois tempos.
No minuto seguinte, o volante Ricardo Clark viu a bola ser interceptada por Kwadwo Asamoah, que imediatamente passou para Kevin-Prince Boateng: o camisa 23 arrancou em velocidade, não foi alcançado por Clark, cortou Jay DeMerit e chutou rasteiro no canto esquerdo, na sua única possibilidade de finalização certeira, superando Timothy Howard.
Aos 6', Clark recebia o primeiro cartão amarelo do jogo e já dava sinais de abatimento.
Com 11 minutos, André Ayew cruza rasteiro pra área, DeMerit corta parcialmente e Prince chuta por cima. Os EUA tentaram responder no minuto seguinte em chute de fora da área de Josmer Altidore, que acabou indo muito à direita do gol.
O segundo cartão amarelo do jogo foi para Steven Cherundolo: aos 16 minutos, o camisa 6 perdeu a bola para Ayew e depois cometeu falta por trás. Na cobrança, Asamoah Gyan mandou direto pro gol e Tim Howard afastou espalmando.
Aos 22 minutos, os Estados Unidos foram ao ataque através de lançamento para Dempsey, que passou para Michael Bradley e viu o filho do técnico cruzar rasteiro para Kingson ficar com a bola. 3 minutos depois, bela troca de passes da seleção de Gana: de Anthony Annan para Gyan, que abriu na direita para Samuel Inkoom fazer um cruzamento que foi afastado após cabeceio de Bradley. Mais 3 minutos passados, mais Gana: Prince recebeu passe curto e chutou de fora - Howard encaixou.
Bob Bradley percebia que o rumo do jogo não era favorável para os seus comandados e decidiu mudar as coisas já aos 30 minutos, trocando Clark por Maurice Edu. Foi bacana a prontidão do técnico de não aguardar o intervalo e também a atitude de cumprimentar carinhosamente o camisa 13 após a substituição.
Na marca de 34 minutos, enfiada de bola deixou Findley cara-a-cara com Kingson - o atacante chutou e o goleiro fez bela defesa com o pé esquerdo. Na seqüência, Dempsey chutou de fora e Kingson segurou.
Aos 36 minutos, tiro-de-meta cobrado por Kingson, DeMerit vacila, Asamoah chuta e Howard defende bonito. Com 41', Prince ginga diante de Cherundolo, dá de calcanhar para Asamoah, mas a finalização vai pelo lado esquerdo.
Na volta para o segundo tempo, EUA crescem, chegam ao empate e por pouco não conseguem a virada
A segunda mexida de Bob Bradley deu-se no intervalo: saiu Findley para a entrada do carioca Benny Feilhaber.
Com 1 minutinho, Dempsey passou para Donovan, que cruzou rasteiro do lado direito: Jonathan Mensah não conseguiu afastar e Altidore passou para Feilhaber, que parou em defesaça de Kingson.
Aos 5', Prince cortou Donovan pelo lado esquerdo, teve a opção de cruzar mas se embriagou com o sucesso e chutou para fora.
Na marca de 7 minutos, ataque lá e ataque cá. Primeiro, Gyan recebeu e chutou de fora da área, mandando à direita. Depois foi a vez dos norte-americanos: Jonathan Bornstein cruzou fraco, ninguém completou e Kingson recolheu. No minuto seguinte, nova chegada estadunidense: pelo lado esquerdo, Donovan lançou pra dentro da área mas a bola passou por Altidore e Dempsey.
Com 12 minutos, Gana voltou a levar perigo: Ayew desceu pela direita, cruzou rasteiro e DeMerit interceptou de forma providencial uma bola que ia para Gyan - Howard fez a defesa.
Aos 16', teve início a jogada que deu origem ao gol de empate. Dempsey recebeu, deu uma caneta em John Mensah dentro da área e foi derrubado por Jonathan. Pênalti e cartão amarelo (o camisa 8 cumprirá suspensão automática). Na cobrança, Donovan caprichou e mandou tão no canto esquerdo que a bola bateu na trave antes de entrar. Tudo igual no estádio Royal Bafokeng.
Na marca de 21 minutos, Donovan deu enfiada de bola para Altidore, mas Kingson foi muito bem no lance e atuou como se fosse um líbero, dividindo com o atacante e saindo jogando com a bola sob controle.
O jogo visivelmente mudava de figura em relação à primeira etapa e Milovan Rajevac decidiu reagir: aos 27 minutos, trocou Hans Sarpei por Lee Addy. Aos 29', Inkoom cruza da direita, Gyan sobe mais que DeMerit e cabeceia por cima do travessão. Se Gana dava uma resposta à mexida do treinador, os EUA faziam uso de uma réplica e respondiam à resposta ganesa: no minuto seguinte, Bradley recebeu livre pelo lado esquerdo da área, chutou e Kingson defendeu.
Com 32 minutos, Prince sentiu a perna direita e demonstrou não ter mais condições de continuar em campo. Em seu lugar entrou o experiente camisa 10 Stephen Appiah, meia ambi-destro de 29 anos.
Aos 35', lançamento longo chegou em Altidore, que disputou com John Mensah, caiu, mas conseguiu chutar - a bola passou perto da trave esquerda.
O reflexo fiel da partida podia ser visto pelos semblantes dos técnicos: o sérvio Rajevac estava tenso e contrastava com um vibrante Bob Bradley.
Aos 37 minutos, Gyan apareceu para cabecear um cruzamento vindo da esquerda, mas mandou à esquerda da meta. A posse de bola era de 50% para cada lado, Gana havia cometido 13 faltas e os Estados Unidos apenas 7. A partida diminuía de ritmo, dando a entender que a idéia era definir o jogo na próxima meia hora que seria jogada na prorrogação. Antes do apito final, Ayew perdeu bola para Altidore e depois o derubou para impedir o contra-ataque: recebeu o cartão amarelo e é outro a cumprir suspensão.
No início da prorrogação, brilha a estrela do artilheiro Gyan
Bradley promoveu sua 3ª e última substituição no intervalo entre tempo regulamentar e prorrogação: saiu Altidore e entrou Hérculez Gómez. A idéia era ver se diminuiria o desperdício nas finalizações, já que não era por falta de criação de jogadas que os EUA não chegavam ao 2º gol.
E quem não desperdiçou foi Gyan. Logo aos 3 minutos, Ayew manda bola longa, Gyan se desloca para alcançá-la, ajeita no peito, resiste ao tranco de Carlos Bocanegra e chuta antes da chegada de DeMerit, mandando a Jabulani com força para o fundo da rede. Muita emoção do camisa 3 na comemoração do seu 3º gol no Mundial.
Aos 7 minutos, os EUA já pareciam ter juntado os cacos de um novo gol de início e foram para cima: levantamento na área, Kingson não afasta e Edu cabeceia à direita. Apenas pareciam. Daí para o final da primeira etapa, nada mais foi criado. Era aguardar o brevíssimo intervalo e esperar por uma inspiração para buscar novamente o empate.
Aos 3 minutos, Bornstein carrega pelo lado esquerdo, dribla Inkoom e é puxado pelo calção. Donovan cobra colocando a bola na pequena área e Kingson afasta.
Na marca de 7 minutos (naquela altura quase duas horas de jogo), um desgastado Inkoom deu lugar para Sulley Ali Muntari.
O tempo não pára, e cada minuto que passava acentuava o drama norte-americano. Chegava o momento de buscar forças extra-físicas e ir para o abafa - não devemos duvidar de uma seleção que busca o empate com os ingleses, a virada com os eslovenos em apenas 45 minutos (virada, sim, pois o gol de 3a2 foi anulado incorretamente) e que alcança o gol da classificação com os argelinos nos acréscimos da partida.
Aos 14', cruzamento da direita, escorada de cabeça e chute de Dempsey, que é bloqueado pela defesa ganesa - naquela altura composta por onze homens.
Aos 15', lançamento da direita, o goleiro Howard sobe para disputar a bola com o goleiro Kingson - o ganês faz uso do recurso que só é permitido ao arqueiro que está na própria área e afasta de soco. No rebote, bola emendada de primeira que sai por cima do travessão.
Aos 16', a última cartada foi novamente no jogo aéreo e novamente partindo pelo lado direito de ataque: cruzamento pra área e cabeceio de Dempsey que vai à direita do gol.
O húngaro Viktor Kassai, talvez o melhor homem em campo, apita o final do jogo e a África se colore oficialmente de vermelho, amarelo e verde.
Na primeira chegada ganesa, placar inaugurado
Quem começou a partida tomando a iniciativa foi a seleção estadunidense. Com 1 minuto, Landon Donovan recuperou a bola no campo de ataque, passou para Robbie Findley, recebeu de volta na direita e cruzou pra área, mas ninguém apareceu para alcançar. Na marca de 4 minutos, Clint Dempsey chutou de fora da área e Richard Kingson defendeu em dois tempos.
No minuto seguinte, o volante Ricardo Clark viu a bola ser interceptada por Kwadwo Asamoah, que imediatamente passou para Kevin-Prince Boateng: o camisa 23 arrancou em velocidade, não foi alcançado por Clark, cortou Jay DeMerit e chutou rasteiro no canto esquerdo, na sua única possibilidade de finalização certeira, superando Timothy Howard.
Aos 6', Clark recebia o primeiro cartão amarelo do jogo e já dava sinais de abatimento.
Com 11 minutos, André Ayew cruza rasteiro pra área, DeMerit corta parcialmente e Prince chuta por cima. Os EUA tentaram responder no minuto seguinte em chute de fora da área de Josmer Altidore, que acabou indo muito à direita do gol.
O segundo cartão amarelo do jogo foi para Steven Cherundolo: aos 16 minutos, o camisa 6 perdeu a bola para Ayew e depois cometeu falta por trás. Na cobrança, Asamoah Gyan mandou direto pro gol e Tim Howard afastou espalmando.
Aos 22 minutos, os Estados Unidos foram ao ataque através de lançamento para Dempsey, que passou para Michael Bradley e viu o filho do técnico cruzar rasteiro para Kingson ficar com a bola. 3 minutos depois, bela troca de passes da seleção de Gana: de Anthony Annan para Gyan, que abriu na direita para Samuel Inkoom fazer um cruzamento que foi afastado após cabeceio de Bradley. Mais 3 minutos passados, mais Gana: Prince recebeu passe curto e chutou de fora - Howard encaixou.
Bob Bradley percebia que o rumo do jogo não era favorável para os seus comandados e decidiu mudar as coisas já aos 30 minutos, trocando Clark por Maurice Edu. Foi bacana a prontidão do técnico de não aguardar o intervalo e também a atitude de cumprimentar carinhosamente o camisa 13 após a substituição.
Na marca de 34 minutos, enfiada de bola deixou Findley cara-a-cara com Kingson - o atacante chutou e o goleiro fez bela defesa com o pé esquerdo. Na seqüência, Dempsey chutou de fora e Kingson segurou.
Aos 36 minutos, tiro-de-meta cobrado por Kingson, DeMerit vacila, Asamoah chuta e Howard defende bonito. Com 41', Prince ginga diante de Cherundolo, dá de calcanhar para Asamoah, mas a finalização vai pelo lado esquerdo.
Na volta para o segundo tempo, EUA crescem, chegam ao empate e por pouco não conseguem a virada
A segunda mexida de Bob Bradley deu-se no intervalo: saiu Findley para a entrada do carioca Benny Feilhaber.
Com 1 minutinho, Dempsey passou para Donovan, que cruzou rasteiro do lado direito: Jonathan Mensah não conseguiu afastar e Altidore passou para Feilhaber, que parou em defesaça de Kingson.
Aos 5', Prince cortou Donovan pelo lado esquerdo, teve a opção de cruzar mas se embriagou com o sucesso e chutou para fora.
Na marca de 7 minutos, ataque lá e ataque cá. Primeiro, Gyan recebeu e chutou de fora da área, mandando à direita. Depois foi a vez dos norte-americanos: Jonathan Bornstein cruzou fraco, ninguém completou e Kingson recolheu. No minuto seguinte, nova chegada estadunidense: pelo lado esquerdo, Donovan lançou pra dentro da área mas a bola passou por Altidore e Dempsey.
Com 12 minutos, Gana voltou a levar perigo: Ayew desceu pela direita, cruzou rasteiro e DeMerit interceptou de forma providencial uma bola que ia para Gyan - Howard fez a defesa.
Aos 16', teve início a jogada que deu origem ao gol de empate. Dempsey recebeu, deu uma caneta em John Mensah dentro da área e foi derrubado por Jonathan. Pênalti e cartão amarelo (o camisa 8 cumprirá suspensão automática). Na cobrança, Donovan caprichou e mandou tão no canto esquerdo que a bola bateu na trave antes de entrar. Tudo igual no estádio Royal Bafokeng.
Na marca de 21 minutos, Donovan deu enfiada de bola para Altidore, mas Kingson foi muito bem no lance e atuou como se fosse um líbero, dividindo com o atacante e saindo jogando com a bola sob controle.
O jogo visivelmente mudava de figura em relação à primeira etapa e Milovan Rajevac decidiu reagir: aos 27 minutos, trocou Hans Sarpei por Lee Addy. Aos 29', Inkoom cruza da direita, Gyan sobe mais que DeMerit e cabeceia por cima do travessão. Se Gana dava uma resposta à mexida do treinador, os EUA faziam uso de uma réplica e respondiam à resposta ganesa: no minuto seguinte, Bradley recebeu livre pelo lado esquerdo da área, chutou e Kingson defendeu.
Com 32 minutos, Prince sentiu a perna direita e demonstrou não ter mais condições de continuar em campo. Em seu lugar entrou o experiente camisa 10 Stephen Appiah, meia ambi-destro de 29 anos.
Aos 35', lançamento longo chegou em Altidore, que disputou com John Mensah, caiu, mas conseguiu chutar - a bola passou perto da trave esquerda.
O reflexo fiel da partida podia ser visto pelos semblantes dos técnicos: o sérvio Rajevac estava tenso e contrastava com um vibrante Bob Bradley.
Aos 37 minutos, Gyan apareceu para cabecear um cruzamento vindo da esquerda, mas mandou à esquerda da meta. A posse de bola era de 50% para cada lado, Gana havia cometido 13 faltas e os Estados Unidos apenas 7. A partida diminuía de ritmo, dando a entender que a idéia era definir o jogo na próxima meia hora que seria jogada na prorrogação. Antes do apito final, Ayew perdeu bola para Altidore e depois o derubou para impedir o contra-ataque: recebeu o cartão amarelo e é outro a cumprir suspensão.
No início da prorrogação, brilha a estrela do artilheiro Gyan
Bradley promoveu sua 3ª e última substituição no intervalo entre tempo regulamentar e prorrogação: saiu Altidore e entrou Hérculez Gómez. A idéia era ver se diminuiria o desperdício nas finalizações, já que não era por falta de criação de jogadas que os EUA não chegavam ao 2º gol.
E quem não desperdiçou foi Gyan. Logo aos 3 minutos, Ayew manda bola longa, Gyan se desloca para alcançá-la, ajeita no peito, resiste ao tranco de Carlos Bocanegra e chuta antes da chegada de DeMerit, mandando a Jabulani com força para o fundo da rede. Muita emoção do camisa 3 na comemoração do seu 3º gol no Mundial.
Aos 7 minutos, os EUA já pareciam ter juntado os cacos de um novo gol de início e foram para cima: levantamento na área, Kingson não afasta e Edu cabeceia à direita. Apenas pareciam. Daí para o final da primeira etapa, nada mais foi criado. Era aguardar o brevíssimo intervalo e esperar por uma inspiração para buscar novamente o empate.
Aos 3 minutos, Bornstein carrega pelo lado esquerdo, dribla Inkoom e é puxado pelo calção. Donovan cobra colocando a bola na pequena área e Kingson afasta.
Na marca de 7 minutos (naquela altura quase duas horas de jogo), um desgastado Inkoom deu lugar para Sulley Ali Muntari.
O tempo não pára, e cada minuto que passava acentuava o drama norte-americano. Chegava o momento de buscar forças extra-físicas e ir para o abafa - não devemos duvidar de uma seleção que busca o empate com os ingleses, a virada com os eslovenos em apenas 45 minutos (virada, sim, pois o gol de 3a2 foi anulado incorretamente) e que alcança o gol da classificação com os argelinos nos acréscimos da partida.
Aos 14', cruzamento da direita, escorada de cabeça e chute de Dempsey, que é bloqueado pela defesa ganesa - naquela altura composta por onze homens.
Aos 15', lançamento da direita, o goleiro Howard sobe para disputar a bola com o goleiro Kingson - o ganês faz uso do recurso que só é permitido ao arqueiro que está na própria área e afasta de soco. No rebote, bola emendada de primeira que sai por cima do travessão.
Aos 16', a última cartada foi novamente no jogo aéreo e novamente partindo pelo lado direito de ataque: cruzamento pra área e cabeceio de Dempsey que vai à direita do gol.
O húngaro Viktor Kassai, talvez o melhor homem em campo, apita o final do jogo e a África se colore oficialmente de vermelho, amarelo e verde.
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Oitavas-de-final
Suárez Decide E Uruguai É 1º Sul-Americano Nas Quartas
20 anos após retornar às oitavas da Copa do Mundo, o Uruguai de Oscar Tabárez segue fazendo história e marca presença nas quartas-de-finais do Mundial - um feito que não ocorria desde 1970.
Na vitória por 2a1 sobre os sul-coreanos na partida disputada em Port Elizabeth, os uruguaios passaram momentos de dificuldades, sofreram seu primeiro gol na África do Sul, mas conseguiram retomar a tranqüilidade necessária para chegar a um triunfo onde a participação do atacante Luis Suárez foi decisiva. O camisa 9 chega aos 3 gols na competição e divide a artilharia com o argentino Gonzalo Higuaín, o eslovaco Róbert Vittek e o espanhol David Villa.
Falha da defesa asiática no início do jogo foi o maior diferencial de um primeiro tempo equilibrado
Logo aos 4 minutos, um lance de bola parada quase levou a Jabulani pela primeira vez para dentro do gol uruguaio: Park Chu-Young cobrou caprichosamente pelo lado esquerdo e mandou direto para a trave direita de Fernando Muslera, que ficou apenas na torcida.
No minuto seguinte, um arremesso lateral pelo lado esquerdo de ataque uruguaio colocou a bola dentro da área sul-coreana: Suárez e Edison Cavani disputaram com a defesa e a bola sobrou para Diego Forlán, que chutou e o goleiro Jung Sung-Ryong encaixou.
Já na marca de 7 minutos, o primeiro gol do jogo: Forlán abriu na direita com Cavani, que fez a inversão na esquerda devolvendo a bola para o camisa 10. Forlán cortou a marcação trazendo a bola para trás e cruzou à meia-altura atravessando toda a área. Haviam 5 jogadores sul-coreanos - além do goleiro - dentro da área, mas a bola passou por todos eles e encontrou a chuteira direita de Suárez, que não desperdiçou a chance e mandou para dentro.
A Coréia do Sul parecia ter sentido o impacto do gol precoce: além de não levar perigo com a posse de bola, mostrava-se vulnerável aos contra-ataques.
Um deles aconteceu aos 12 minutos, quando Cavani arrancou pela direita e abriu na esquerda com Suárez, que foi bloqueado ao tentar se livrar de Cha Du-Ri. Egídio Arévalo pegou a sobra chutando por cima.
Aos 26', Suárez teria chance real de fazer o segundo, mas foi parado pela arbitragem em impedimento mal marcado.
3 minutos depois, Cavani errou passe no meio-campo, Park Ji-Sung partiu em velocidade pela esquerda, cruzou rasteiro e Arévalo afastou. A Coréia do Sul dava sinais de melhora: aos 31 minutos, Chu-Young carrega da direita para o centro e chuta cruzado de canhota, mandando à direita do gol. 5 minutos depois, Chu-Young roubou a bola na esquerda e cruzou para a área - Muslera recolheu.
Na marca de 37 minutos, o alemão Wolfgang Stark aplicou o primeiro cartão amarelo da partida após carrinho de Kim Jung-Woo em Cavani. Forlán cobrou a infração para a área e Suárez cabeceou entre dois adversários para defesa de Sung-Ryong.
3 minutos depois, o lateral direito Du-Ri deu bonito chute da intermediária - a bola fez um movimento de subida e descaída, mas acabou indo por cima do travessão. Mais três minutos passados, resposta uruguaia: Suárez passou para Diego Pérez, que chapelou a marcação e chutou - a bola bateu no braço aberto de Ki Sung-Yong, mas a arbitragem interpretou como toque involuntário e não marcou pênalti. No minuto seguinte, Chu-Young cobrou falta na barreira uruguaia e Du-Ri pegou o rebote chutando por cima da meta.
Coreanos impõem grande pressão e chegam ao empate. Mas quem tem Suárez...
A partida teve início para o segundo tempo com duas modificações. Uma promovida por Tabárez: saiu Diego Godín para a entrada de Mauricio Victorino. A outra proporcionada por São Pedro: passou a chover no estádio Nelson Mandela Bay.
Aos 3 minutos, Suárez tem a bola pelo centro e Cavani se apresenta à direita para receber em boas condições. Porém, o camisa 9 decide chutar de fora e Sung-Ryong encaixa.
2 minutos depois, a Coréia do Sul chegou bem: Lee Young-Pyo avança pela esquerda, cruza baixo, Chu-Young deixa passar e Jorge Fucile corta antes da finalização. No minuto seguinte, bola alçada para a área uruguaia, Chu-Young pega a sobra de Diego Lugano ainda dentro da área e chuta por cima.
Na marca de 9 minutos, mais Coréia no ataque: Ji-Sung se livra de Lugano pela esquerda e manda rasteiro para o lado direito - o chute de Chu-Young vai em Victorino. 3 minutos depois, Du-Ri cruza da direita, Ji-Sung cabeceia antes da chegada de Lugano e Muslera salta para segurar no canto esquerdo.
Com 15 minutos, Huh Jung-Moo realiza a primeira troca em sua equipe: sai Kim Jae-Sung e entra Lee Dong-Gook.
E, quando o Uruguai parecia poder respirar após seguidos momentos de pressão, veio o gol de empate aos 22 minutos. Lugano cometeu falta pelo lado esquerdo de ataque sul-coreano ao derrubar Ji-Sung. Veio o levantamento na área, Victorino cabeceou sem conseguir afastar o perigo e Lee Chung-Yong chegou antes de Lugano para cabecear ao gol - Muslera decidiu sair para tentar dividir com o camisa 17 mas também atrasou.
Não se sabe se o gol acalmou os sul-coreanos ou se despertou os uruguaios. Talvez as duas coisas, talvez nenhuma delas - de repente era uma tendência natural do desenrolar do jogo. O fato é que, aos poucos, a seleção sul-americana foi adquirindo o controle das ações da partida.
No minuto seguinte ao empate, Du-Ri recebeu cartão por entrada em Álvaro Pereira. Na cobrança, Forlán colocou na área e a bola foi viajando ao gol - Sung-Ryong encaixou com as duas chuteiras dentro do gol mas o peito inclinado para dentro do campo, quase dando chance para o azar. Aos 25', Chung-Yong recebeu pela direita e chutou fraco, facilitando a defesa de Muslera. Aos 27', Cavani passou para Suárez, que mandou ao gol e Sung-Ryong espalmou - Forlán fechava pelo meio. No minuto seguinte, Fucile rifou a bola a partir da intermediária, Suárez chegou livre e cabeceou pro chão, mandando à direita.
Tabárez fez a segunda troca uruguaia: Pereira por Nicolás Lodeiro, jogador que foi expulso alguns minutos depois de entrar em campo na estréia diante dos franceses.
Aos 29 minutos, grande jogada do Uruguai: de Pérez para Cavani, deste para Maximiliano Pereira e dele para Forlán, que chutou e Sung-Ryong fez a defesa.
5 minutos depois, o desempate: Forlán cobra escanteio pelo lado direito e a defesa afasta de cabeça. Na seqüência, Lodeiro dá a bola para Suárez, que trás em diagonal para trás cortando a marcação de Jung-Woo e chuta cruzado, colocado, à meia-altura, com a bola batendo na trave esquerda antes de entrar.
Aos 37', Pérez protagonizou uma cena que refletia o espírito uruguaio: brigou pela bola, perdeu o equilíbrio, acreditou no lance e foi impedido faltosamente por Cho Yong-Hyung. Cartão amarelo para o sul-coreano, que teve trabalho para derrubar o camisa 15.
Na marca de 39', Suárez deixava o gramado para ser substituído pelo meio-campo Álvaro Fernández.
Aos 40', Lodeiro tentou enfiada de bola para Cavani mas Sung-Ryong saie bem e recolheu. No minuto seguinte, chance de novo empate: Dong-Gook recebeu enfiada precisa de Ji-Sung, ficou cara-a-cara com o goleiro e chutou rasteiro - Muslera defendeu parcialmente, a bola passou por ele mas Lugano apareceu para colocar ordem na casa. Parece que os sul-coreanos sentiram que não haveria chance similar a essa para tentar a igualdade no placar. Como efetivamente não houve, pois a última oportunidade de gol da partida foi do time de azul-e-preto: aos 45', Férnandez cruzou baixo a partir do lado direito, Lodeiro não alcançou e Sung-Ryong pegou a bola.
Na vitória por 2a1 sobre os sul-coreanos na partida disputada em Port Elizabeth, os uruguaios passaram momentos de dificuldades, sofreram seu primeiro gol na África do Sul, mas conseguiram retomar a tranqüilidade necessária para chegar a um triunfo onde a participação do atacante Luis Suárez foi decisiva. O camisa 9 chega aos 3 gols na competição e divide a artilharia com o argentino Gonzalo Higuaín, o eslovaco Róbert Vittek e o espanhol David Villa.
Falha da defesa asiática no início do jogo foi o maior diferencial de um primeiro tempo equilibrado
Logo aos 4 minutos, um lance de bola parada quase levou a Jabulani pela primeira vez para dentro do gol uruguaio: Park Chu-Young cobrou caprichosamente pelo lado esquerdo e mandou direto para a trave direita de Fernando Muslera, que ficou apenas na torcida.
No minuto seguinte, um arremesso lateral pelo lado esquerdo de ataque uruguaio colocou a bola dentro da área sul-coreana: Suárez e Edison Cavani disputaram com a defesa e a bola sobrou para Diego Forlán, que chutou e o goleiro Jung Sung-Ryong encaixou.
Já na marca de 7 minutos, o primeiro gol do jogo: Forlán abriu na direita com Cavani, que fez a inversão na esquerda devolvendo a bola para o camisa 10. Forlán cortou a marcação trazendo a bola para trás e cruzou à meia-altura atravessando toda a área. Haviam 5 jogadores sul-coreanos - além do goleiro - dentro da área, mas a bola passou por todos eles e encontrou a chuteira direita de Suárez, que não desperdiçou a chance e mandou para dentro.
A Coréia do Sul parecia ter sentido o impacto do gol precoce: além de não levar perigo com a posse de bola, mostrava-se vulnerável aos contra-ataques.
Um deles aconteceu aos 12 minutos, quando Cavani arrancou pela direita e abriu na esquerda com Suárez, que foi bloqueado ao tentar se livrar de Cha Du-Ri. Egídio Arévalo pegou a sobra chutando por cima.
Aos 26', Suárez teria chance real de fazer o segundo, mas foi parado pela arbitragem em impedimento mal marcado.
3 minutos depois, Cavani errou passe no meio-campo, Park Ji-Sung partiu em velocidade pela esquerda, cruzou rasteiro e Arévalo afastou. A Coréia do Sul dava sinais de melhora: aos 31 minutos, Chu-Young carrega da direita para o centro e chuta cruzado de canhota, mandando à direita do gol. 5 minutos depois, Chu-Young roubou a bola na esquerda e cruzou para a área - Muslera recolheu.
Na marca de 37 minutos, o alemão Wolfgang Stark aplicou o primeiro cartão amarelo da partida após carrinho de Kim Jung-Woo em Cavani. Forlán cobrou a infração para a área e Suárez cabeceou entre dois adversários para defesa de Sung-Ryong.
3 minutos depois, o lateral direito Du-Ri deu bonito chute da intermediária - a bola fez um movimento de subida e descaída, mas acabou indo por cima do travessão. Mais três minutos passados, resposta uruguaia: Suárez passou para Diego Pérez, que chapelou a marcação e chutou - a bola bateu no braço aberto de Ki Sung-Yong, mas a arbitragem interpretou como toque involuntário e não marcou pênalti. No minuto seguinte, Chu-Young cobrou falta na barreira uruguaia e Du-Ri pegou o rebote chutando por cima da meta.
Coreanos impõem grande pressão e chegam ao empate. Mas quem tem Suárez...
A partida teve início para o segundo tempo com duas modificações. Uma promovida por Tabárez: saiu Diego Godín para a entrada de Mauricio Victorino. A outra proporcionada por São Pedro: passou a chover no estádio Nelson Mandela Bay.
Aos 3 minutos, Suárez tem a bola pelo centro e Cavani se apresenta à direita para receber em boas condições. Porém, o camisa 9 decide chutar de fora e Sung-Ryong encaixa.
2 minutos depois, a Coréia do Sul chegou bem: Lee Young-Pyo avança pela esquerda, cruza baixo, Chu-Young deixa passar e Jorge Fucile corta antes da finalização. No minuto seguinte, bola alçada para a área uruguaia, Chu-Young pega a sobra de Diego Lugano ainda dentro da área e chuta por cima.
Na marca de 9 minutos, mais Coréia no ataque: Ji-Sung se livra de Lugano pela esquerda e manda rasteiro para o lado direito - o chute de Chu-Young vai em Victorino. 3 minutos depois, Du-Ri cruza da direita, Ji-Sung cabeceia antes da chegada de Lugano e Muslera salta para segurar no canto esquerdo.
Com 15 minutos, Huh Jung-Moo realiza a primeira troca em sua equipe: sai Kim Jae-Sung e entra Lee Dong-Gook.
E, quando o Uruguai parecia poder respirar após seguidos momentos de pressão, veio o gol de empate aos 22 minutos. Lugano cometeu falta pelo lado esquerdo de ataque sul-coreano ao derrubar Ji-Sung. Veio o levantamento na área, Victorino cabeceou sem conseguir afastar o perigo e Lee Chung-Yong chegou antes de Lugano para cabecear ao gol - Muslera decidiu sair para tentar dividir com o camisa 17 mas também atrasou.
Não se sabe se o gol acalmou os sul-coreanos ou se despertou os uruguaios. Talvez as duas coisas, talvez nenhuma delas - de repente era uma tendência natural do desenrolar do jogo. O fato é que, aos poucos, a seleção sul-americana foi adquirindo o controle das ações da partida.
No minuto seguinte ao empate, Du-Ri recebeu cartão por entrada em Álvaro Pereira. Na cobrança, Forlán colocou na área e a bola foi viajando ao gol - Sung-Ryong encaixou com as duas chuteiras dentro do gol mas o peito inclinado para dentro do campo, quase dando chance para o azar. Aos 25', Chung-Yong recebeu pela direita e chutou fraco, facilitando a defesa de Muslera. Aos 27', Cavani passou para Suárez, que mandou ao gol e Sung-Ryong espalmou - Forlán fechava pelo meio. No minuto seguinte, Fucile rifou a bola a partir da intermediária, Suárez chegou livre e cabeceou pro chão, mandando à direita.
Tabárez fez a segunda troca uruguaia: Pereira por Nicolás Lodeiro, jogador que foi expulso alguns minutos depois de entrar em campo na estréia diante dos franceses.
Aos 29 minutos, grande jogada do Uruguai: de Pérez para Cavani, deste para Maximiliano Pereira e dele para Forlán, que chutou e Sung-Ryong fez a defesa.
5 minutos depois, o desempate: Forlán cobra escanteio pelo lado direito e a defesa afasta de cabeça. Na seqüência, Lodeiro dá a bola para Suárez, que trás em diagonal para trás cortando a marcação de Jung-Woo e chuta cruzado, colocado, à meia-altura, com a bola batendo na trave esquerda antes de entrar.
Aos 37', Pérez protagonizou uma cena que refletia o espírito uruguaio: brigou pela bola, perdeu o equilíbrio, acreditou no lance e foi impedido faltosamente por Cho Yong-Hyung. Cartão amarelo para o sul-coreano, que teve trabalho para derrubar o camisa 15.
Na marca de 39', Suárez deixava o gramado para ser substituído pelo meio-campo Álvaro Fernández.
Aos 40', Lodeiro tentou enfiada de bola para Cavani mas Sung-Ryong saie bem e recolheu. No minuto seguinte, chance de novo empate: Dong-Gook recebeu enfiada precisa de Ji-Sung, ficou cara-a-cara com o goleiro e chutou rasteiro - Muslera defendeu parcialmente, a bola passou por ele mas Lugano apareceu para colocar ordem na casa. Parece que os sul-coreanos sentiram que não haveria chance similar a essa para tentar a igualdade no placar. Como efetivamente não houve, pois a última oportunidade de gol da partida foi do time de azul-e-preto: aos 45', Férnandez cruzou baixo a partir do lado direito, Lodeiro não alcançou e Sung-Ryong pegou a bola.
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sábado, 26 de junho de 2010
Copa 2010: Seleção Da Terceira Rodada
Está concluída a fase de grupos da Copa do Mundo 2010. Metade das seleções avançaram para as oitavas-de-finais e a outra metade já seguem para casa. A Eslováquia, que disputa o Mundial pela primeira vez como nação independente, conseguiu avançar. Já as atuais finalistas Itália e França, protagonizaram o vexame de serem lanternas em seus respectivos grupos.
Fatos históricos certamente dão um tempero especial ao futebol. E essa Copa tem tudo para ficar na história.
A seleção da terceira rodada terá alguns desfalques, e explico o motivo. Devido às transmissões simultâneas entre partidas do mesmo grupo, acabou que não assisti a todos os jogos. Ei-los: México 0a1 Uruguai, Nigéria 2a2 Coréia do Sul, Estados Unidos 1a0 Argélia, Austrália 2a1 Sérvia, Paraguai 0a0 Nova Zelândia, Coréia do Norte 0a3 Costa do Marfim e Suíça 0a0 Honduras. Portanto, mesmo que tenha visto "melhores momentos" em alguns desses jogos, prefiro excluir da lista os jogadores dessas seleções. Peço desculpas especialmente ao norte-americano Landon Donovan: tenho certeza que sua atuação foi particularmente especial. A determinação, o comprometimento e o gol nos acréscimos foram contagiantes até para quem não viu o jogo.
Uma curiosidade: das seleções eliminadas, 83 jogadores não entraram em campo. Pelo menos, assistiram as partidas de um ângulo privilegiado.
Titulares
Goleiro: Samir Handanovic (Eslovênia)
Lateral direito: John Pantsil (Gana)
Zagueiro: Lúcio (Brasil)
Zagueiro: Marcus Túlio Tanaka (Japão)
Lateral esquerdo: Clemente Rodríguez (Argentina)
Volante: Zdeno Strba (Eslováquia)
Volante: Xavi Hernández (Espanha)
Meia: Marek Hamsik (Eslováquia)
Meia: Lionel Messi (Argentina)
Atacante: Róbert Vittek (Eslováquia)
Atacante: Keisuke Honda (Japão)
Técnico: Diego Armando Maradona (Argentina)
Suplentes
Goleiro: Júlio César (Brasil)
Lateral direito: Miso Brecko (Eslovênia)
Zagueiro: John Terry (Inglaterra)
Zagueiro: Gerard Piqué (Espanha)
Lateral esquerdo: Yuto Nagatomo (Japão)
Volante: Gilberto Silva (Brasil)
Volante: Siphiwe Tshabalala (África do Sul)
Meia: Mesut Özil (Alemanha)
Meia: Andrés Iniesta (Espanha)
Atacante: Robin van Persie (Holanda)
Atacante: David Villa (Espanha)
Técnico: Takeshi Okada (Japão)
Menção honrosa: Katlego Mphela e Carlos Alberto Parreira (África do Sul), Alexandros Tzorvas e Georgios Samaras (Grécia), Ashley Cole e Wayne Rooney (Inglaterra), Manuel Neuer e Bastian Schweinsteiger (Alemanha), Richard Kingson (Gana), Giovanni van Bronckhorst, Mark van Bommel, Wesley Sneijder e Bert van Marwijk (Holanda), Souleymanou Hamidou e Gérémi Sorele (Camarões), Eiji Kawashima, Yuichi Komano e Yasuhito Endo (Japão), Fabio Quagliarella e Antonio Di Natale (Itália), Ján Mucha, Martin Skrtel e Vladimir Weiss (Eslováquia), Raul Meireles e Carlos Queiroz (Portugal), Waldo Ponce, Arturo Vidal, Jean Beausejour e Marcelo Bielsa (Chile).
Destaque
Antes de iniciada a competição, dificilmente alguém apostaria suas fichas numa classificação japonesa dentro de um grupo com holandeses, dinamarqueses e camaroneses. Mas o futebol japonês vem demonstrando uma disciplina tática muito interessante, dessas que tornam uma seleção aparentemente limitada numa adversária difícil de ser batida. E, para facilitar as coisas para o Japão, há um jogador de frente chamado Keisuke Honda. Decisivo na estréia (no 1a0 sobre Camarões o gol foi dele), Honda tornou-se figura fundamental na classificação: na 3ª partida, em confronto direto com a Dinamarca, marcou o 1º gol cobrando falta e deu a assistência para o 3º gol. E, se quiser, podemos dizer que participou também do 2º, pois estava posicionado para a cobrança de falta que veio a ser convertida por Yasuhito Endo, o que deve, no mínimo, ter causado bastante dúvida na barreira e no goleiro.
Fatos históricos certamente dão um tempero especial ao futebol. E essa Copa tem tudo para ficar na história.
A seleção da terceira rodada terá alguns desfalques, e explico o motivo. Devido às transmissões simultâneas entre partidas do mesmo grupo, acabou que não assisti a todos os jogos. Ei-los: México 0a1 Uruguai, Nigéria 2a2 Coréia do Sul, Estados Unidos 1a0 Argélia, Austrália 2a1 Sérvia, Paraguai 0a0 Nova Zelândia, Coréia do Norte 0a3 Costa do Marfim e Suíça 0a0 Honduras. Portanto, mesmo que tenha visto "melhores momentos" em alguns desses jogos, prefiro excluir da lista os jogadores dessas seleções. Peço desculpas especialmente ao norte-americano Landon Donovan: tenho certeza que sua atuação foi particularmente especial. A determinação, o comprometimento e o gol nos acréscimos foram contagiantes até para quem não viu o jogo.
Uma curiosidade: das seleções eliminadas, 83 jogadores não entraram em campo. Pelo menos, assistiram as partidas de um ângulo privilegiado.
Titulares
Goleiro: Samir Handanovic (Eslovênia)
Lateral direito: John Pantsil (Gana)
Zagueiro: Lúcio (Brasil)
Zagueiro: Marcus Túlio Tanaka (Japão)
Lateral esquerdo: Clemente Rodríguez (Argentina)
Volante: Zdeno Strba (Eslováquia)
Volante: Xavi Hernández (Espanha)
Meia: Marek Hamsik (Eslováquia)
Meia: Lionel Messi (Argentina)
Atacante: Róbert Vittek (Eslováquia)
Atacante: Keisuke Honda (Japão)
Técnico: Diego Armando Maradona (Argentina)
Suplentes
Goleiro: Júlio César (Brasil)
Lateral direito: Miso Brecko (Eslovênia)
Zagueiro: John Terry (Inglaterra)
Zagueiro: Gerard Piqué (Espanha)
Lateral esquerdo: Yuto Nagatomo (Japão)
Volante: Gilberto Silva (Brasil)
Volante: Siphiwe Tshabalala (África do Sul)
Meia: Mesut Özil (Alemanha)
Meia: Andrés Iniesta (Espanha)
Atacante: Robin van Persie (Holanda)
Atacante: David Villa (Espanha)
Técnico: Takeshi Okada (Japão)
Menção honrosa: Katlego Mphela e Carlos Alberto Parreira (África do Sul), Alexandros Tzorvas e Georgios Samaras (Grécia), Ashley Cole e Wayne Rooney (Inglaterra), Manuel Neuer e Bastian Schweinsteiger (Alemanha), Richard Kingson (Gana), Giovanni van Bronckhorst, Mark van Bommel, Wesley Sneijder e Bert van Marwijk (Holanda), Souleymanou Hamidou e Gérémi Sorele (Camarões), Eiji Kawashima, Yuichi Komano e Yasuhito Endo (Japão), Fabio Quagliarella e Antonio Di Natale (Itália), Ján Mucha, Martin Skrtel e Vladimir Weiss (Eslováquia), Raul Meireles e Carlos Queiroz (Portugal), Waldo Ponce, Arturo Vidal, Jean Beausejour e Marcelo Bielsa (Chile).
Destaque
Antes de iniciada a competição, dificilmente alguém apostaria suas fichas numa classificação japonesa dentro de um grupo com holandeses, dinamarqueses e camaroneses. Mas o futebol japonês vem demonstrando uma disciplina tática muito interessante, dessas que tornam uma seleção aparentemente limitada numa adversária difícil de ser batida. E, para facilitar as coisas para o Japão, há um jogador de frente chamado Keisuke Honda. Decisivo na estréia (no 1a0 sobre Camarões o gol foi dele), Honda tornou-se figura fundamental na classificação: na 3ª partida, em confronto direto com a Dinamarca, marcou o 1º gol cobrando falta e deu a assistência para o 3º gol. E, se quiser, podemos dizer que participou também do 2º, pois estava posicionado para a cobrança de falta que veio a ser convertida por Yasuhito Endo, o que deve, no mínimo, ter causado bastante dúvida na barreira e no goleiro.
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Satisfeitos, Espanhóis E Chilenos Conquistam Vagas
O comentário do ex-atacante Caio Ribeiro antes de a bola rolar parece ter trazido boas vibrações para Espanha e Chile: "seria um pecado para aqueles que gostam de um bom futebol que uma delas ficasse pelo caminho". Com o empate de 0a0 entre Suíça e Honduras, espanhóis e chilenos puderam seguir em frente na Copa 2010, juntos, abraçados, talvez fraternos demais se levarmos em consideração os últimos 15 minutos de jogo, quando nenhuma das equipes mostrava vontade de atacar a outra, aguardando o apito final e a confirmação das vagas.
Primeiro tempo, repleto de alternativas, teve direito a gols, expulsão e jogadas bem trabalhadas
O estilo de jogo apresentado por Espanha e Chile nas duas primeiras rodadas já transmitia a certeza de que teríamos uma bela partida no estádio Loftus Versfeld, em Pretória.
Aos 2 minutos, Marcos Andrés Estrada Quinteros lançou Jean André Emanuel Beausejour Coliqueo mas o goleiro Iker Casillas foi até o limite da grande área para recolher a bola. Aos 3', Xavier Hernández Creus colocou a bola na área e Fernando José Torres Sanz cabeceou por cima. No minuto seguinte, lançamento longo de Joan Capdevila Méndez, Gary Alexis Medel Soto demora a se decidir e finalmente manda para escanteio, quase permitindo a finalização de Fernando Torres.
Na marca de nove minutos pintou a primeira jogada digna das expectativas em torno da partida: Jean Beausejour faz corta-luz em passe de Mauricio Aníbal Isla, a bola chega em Jorge Luis Valdivia Toro, que passa para Beausejour - o camisa 15 cruza rasteiro e Mark Dennis González Hoffmann chuta por cima.
Aos 11 minutos, Alexis Alejandro Sánchez rola para Marcos Estrada chutar de fora - Iker Casillas cai e defende. 2 minutos depois, Alexis Sánchez dá toque por cobertura e surpreende Casillas, que recua e consegue espalmar para escanteio.
A seleção chilena dominava a posse de bola - um feito de respeito se levarmos em consideração que a Espanha costuma ser hegemônica nesse quesito -, chegava com perigo e mantinha a forte seleção adversária acuada no campo de defesa. Mas passou a exagerar na força com que entrava na dividida, com uma seqüência de 3 cartões amarelos entre os minutos 14 e 20. Gary Medel e Waldo Alonso Ponce Carrizo, então pendurados, cumprirão suspensão nas oitavas-de-finais.
Aos 23', sem conseguir praticamente passar da linha que divide o campo, a Espanha tentou um lançamento longo de Xabier Alonso Olana para Torres e acabou contando com o talento de David Villa Sánchez para abrir o placar: o goleiro Claudio Andrés Bravo Muñoz deixou a área para cortar de carrinho, a Jabulani foi até a intermediária e lá estava David Villa para chutar de primeira e marcar um golaço.
3 minutos depois do gol, Estrada, amarelado 6 minutos antes por carrinho em Sergio Busquets Burgos, deu entrada semelhante em Andrés Iniesta Luján e teve sorte de não ser expulso.
Na marca de 28 minutos, Medel chapelou Xabi Alonso, passou para Sánchez na direita e o camisa 7 foi derrubado com falta, em mais uma das belas jogadas de efeito da Copa.
Com 33 minutos, Xavi Hernández cobrou escanteio da esquerda, Gerard Piqué Bernabéu subiu e cabeceou por cima. No mesmo minuto, o Chile saiu em contra-ataque pela esquerda, Beausejour desceu em velocidade e chutou prensado em Piqué, com a bola saindo perto da trave direita.
Na marca de 36', Gonzalo Alejandro Jara Reyes saiu jogando errado, Iniesta agradeceu, tabelou com Torres, abriu na esquerda com Villa e recebeu de volta para chutar cruzado, de primeira e cheio de consciência, no canto esquerdo do goleiro Claudio Bravo: 2a0 Espanha.
No desenrolar da jogada, a situação se complicou para a seleção chilena: Estrada tropeçou em Torres fora do lance de bola, o camisa 9 caiu e o árbitro deu a lei da vantagem. Porém, após a conclusão de Iniesta para a rede, o mexicano Marco Antonio Rodríguez Moreno expulsou Estrada de campo com o segundo cartão amarelo.
Nos instantes finais da primeira etapa, Ponce deu pisão em Xabi Alonso e, visivelmente arrependido pela entrada, deve ter dado graças a Deus por não ter deixado o Chile com nove jogadores em campo, até porque o árbitro estava perto do lance e apitou apenas a falta.
Ânimos acalmados, gol chileno e jogo de compadres a partir dos 30
Bielsa fez duas substituições no intervalo, tirando Jorge Valdivia e Mark González para colocar Rodrigo Javier Millar Carvajal e também Esteban Efraín Paredes Quintanilla.
Logo com 40 segundos, Sánchez rola atrás e Rodrigo Millar fura feio. Mas o camisa 20 já se redimiria na participação seguinte: na marca de 1 minuto, Sánchez rola de lado e Millar chuta mirando o ângulo esquerdo - a bola desvia em Piqué e vai no contrapé de Casillas.
Aos 6 minutos, Villa recebe de Iniesta na esquerda e coloca cruzado na área, fechado, com Villar segurando. 3 minutos depois, Vicente del Bosque trocou Torres por Francesc Fàbregas Soler, deslocando Villa para o centro e dando liberdade ao camisa 10 para circular pelos lados.
Na marca de 15 minutos, nova saída de bola errada chilena, mas Villa não alcança a enfiada de bola e o goleiro Villar fica com ela. 2 minutos depois, Xavi passa para Villa, que domina no peito, arma pro chute e é desarmado no momento exato. Momento exato para Ponce, que evitou o 3º gol espanhol.
Aos 19', Bielsa faz a 3ª substituição trocando Sánchez por Fabián Ariel Orellana Valenzuela.
Com 22 minutos, Xavi faz o desarme em Isla no meio do campo, Villa recebe, avança e Ponce desarma para escanteio. 5 minutos depois, a 2ª mexida na Espanha: Alonso por Javier Martínez Aginaga.
Aos 29', Esteban Paredes recebe pela direita e chuta cruzado para fora. No minuto seguinte, Fàbregas ajeita para Iniesta, que isola.
Cientes do empate sem gol na partida que ocorria simultaneamente em Bloemfontein, espanhóis e chilenos simplesmente abriram mão de sair para o jogo. Naquela altura, Espanha era líder com 6 pontos e saldo 3; Chile estava em 2º com 6 pontos e saldo 1; Suíça aparecia em 3º com 4 pontos e saldo 0; e Honduras em 4º com 1 ponto e saldo negativo de 3. Ou seja: a Suíça necessitava de dois gols nos últimos 15 minutos para fazer com que Espanha e Chile disputassem uma única vaga. Mas a equipe acostumada a se defender e que, por desígnios do destino, achou um gol e uma vitória na estréia, não era capaz de superar os hondurenhos - e até passava alguns sustos.
Foi apenas aguardar o apito final de Marco Moreno, num desperdício de tempo num jogo que reuniu duas das seleções mais vistosas de toda a primeira fase. Mas tudo ótimo! "Seria um pecado para aqueles que gostam de um bom futebol que uma delas ficasse pelo caminho". Agora, é Espanha no caminho de Portugal e Chile no caminho do Brasil. Duelos europeu e sul-americano que prometem jogos interessantes. E o que é melhor: até o último minuto de partida.
Primeiro tempo, repleto de alternativas, teve direito a gols, expulsão e jogadas bem trabalhadas
O estilo de jogo apresentado por Espanha e Chile nas duas primeiras rodadas já transmitia a certeza de que teríamos uma bela partida no estádio Loftus Versfeld, em Pretória.
Aos 2 minutos, Marcos Andrés Estrada Quinteros lançou Jean André Emanuel Beausejour Coliqueo mas o goleiro Iker Casillas foi até o limite da grande área para recolher a bola. Aos 3', Xavier Hernández Creus colocou a bola na área e Fernando José Torres Sanz cabeceou por cima. No minuto seguinte, lançamento longo de Joan Capdevila Méndez, Gary Alexis Medel Soto demora a se decidir e finalmente manda para escanteio, quase permitindo a finalização de Fernando Torres.
Na marca de nove minutos pintou a primeira jogada digna das expectativas em torno da partida: Jean Beausejour faz corta-luz em passe de Mauricio Aníbal Isla, a bola chega em Jorge Luis Valdivia Toro, que passa para Beausejour - o camisa 15 cruza rasteiro e Mark Dennis González Hoffmann chuta por cima.
Aos 11 minutos, Alexis Alejandro Sánchez rola para Marcos Estrada chutar de fora - Iker Casillas cai e defende. 2 minutos depois, Alexis Sánchez dá toque por cobertura e surpreende Casillas, que recua e consegue espalmar para escanteio.
A seleção chilena dominava a posse de bola - um feito de respeito se levarmos em consideração que a Espanha costuma ser hegemônica nesse quesito -, chegava com perigo e mantinha a forte seleção adversária acuada no campo de defesa. Mas passou a exagerar na força com que entrava na dividida, com uma seqüência de 3 cartões amarelos entre os minutos 14 e 20. Gary Medel e Waldo Alonso Ponce Carrizo, então pendurados, cumprirão suspensão nas oitavas-de-finais.
Aos 23', sem conseguir praticamente passar da linha que divide o campo, a Espanha tentou um lançamento longo de Xabier Alonso Olana para Torres e acabou contando com o talento de David Villa Sánchez para abrir o placar: o goleiro Claudio Andrés Bravo Muñoz deixou a área para cortar de carrinho, a Jabulani foi até a intermediária e lá estava David Villa para chutar de primeira e marcar um golaço.
3 minutos depois do gol, Estrada, amarelado 6 minutos antes por carrinho em Sergio Busquets Burgos, deu entrada semelhante em Andrés Iniesta Luján e teve sorte de não ser expulso.
Na marca de 28 minutos, Medel chapelou Xabi Alonso, passou para Sánchez na direita e o camisa 7 foi derrubado com falta, em mais uma das belas jogadas de efeito da Copa.
Com 33 minutos, Xavi Hernández cobrou escanteio da esquerda, Gerard Piqué Bernabéu subiu e cabeceou por cima. No mesmo minuto, o Chile saiu em contra-ataque pela esquerda, Beausejour desceu em velocidade e chutou prensado em Piqué, com a bola saindo perto da trave direita.
Na marca de 36', Gonzalo Alejandro Jara Reyes saiu jogando errado, Iniesta agradeceu, tabelou com Torres, abriu na esquerda com Villa e recebeu de volta para chutar cruzado, de primeira e cheio de consciência, no canto esquerdo do goleiro Claudio Bravo: 2a0 Espanha.
No desenrolar da jogada, a situação se complicou para a seleção chilena: Estrada tropeçou em Torres fora do lance de bola, o camisa 9 caiu e o árbitro deu a lei da vantagem. Porém, após a conclusão de Iniesta para a rede, o mexicano Marco Antonio Rodríguez Moreno expulsou Estrada de campo com o segundo cartão amarelo.
Nos instantes finais da primeira etapa, Ponce deu pisão em Xabi Alonso e, visivelmente arrependido pela entrada, deve ter dado graças a Deus por não ter deixado o Chile com nove jogadores em campo, até porque o árbitro estava perto do lance e apitou apenas a falta.
Ânimos acalmados, gol chileno e jogo de compadres a partir dos 30
Bielsa fez duas substituições no intervalo, tirando Jorge Valdivia e Mark González para colocar Rodrigo Javier Millar Carvajal e também Esteban Efraín Paredes Quintanilla.
Logo com 40 segundos, Sánchez rola atrás e Rodrigo Millar fura feio. Mas o camisa 20 já se redimiria na participação seguinte: na marca de 1 minuto, Sánchez rola de lado e Millar chuta mirando o ângulo esquerdo - a bola desvia em Piqué e vai no contrapé de Casillas.
Aos 6 minutos, Villa recebe de Iniesta na esquerda e coloca cruzado na área, fechado, com Villar segurando. 3 minutos depois, Vicente del Bosque trocou Torres por Francesc Fàbregas Soler, deslocando Villa para o centro e dando liberdade ao camisa 10 para circular pelos lados.
Na marca de 15 minutos, nova saída de bola errada chilena, mas Villa não alcança a enfiada de bola e o goleiro Villar fica com ela. 2 minutos depois, Xavi passa para Villa, que domina no peito, arma pro chute e é desarmado no momento exato. Momento exato para Ponce, que evitou o 3º gol espanhol.
Aos 19', Bielsa faz a 3ª substituição trocando Sánchez por Fabián Ariel Orellana Valenzuela.
Com 22 minutos, Xavi faz o desarme em Isla no meio do campo, Villa recebe, avança e Ponce desarma para escanteio. 5 minutos depois, a 2ª mexida na Espanha: Alonso por Javier Martínez Aginaga.
Aos 29', Esteban Paredes recebe pela direita e chuta cruzado para fora. No minuto seguinte, Fàbregas ajeita para Iniesta, que isola.
Cientes do empate sem gol na partida que ocorria simultaneamente em Bloemfontein, espanhóis e chilenos simplesmente abriram mão de sair para o jogo. Naquela altura, Espanha era líder com 6 pontos e saldo 3; Chile estava em 2º com 6 pontos e saldo 1; Suíça aparecia em 3º com 4 pontos e saldo 0; e Honduras em 4º com 1 ponto e saldo negativo de 3. Ou seja: a Suíça necessitava de dois gols nos últimos 15 minutos para fazer com que Espanha e Chile disputassem uma única vaga. Mas a equipe acostumada a se defender e que, por desígnios do destino, achou um gol e uma vitória na estréia, não era capaz de superar os hondurenhos - e até passava alguns sustos.
Foi apenas aguardar o apito final de Marco Moreno, num desperdício de tempo num jogo que reuniu duas das seleções mais vistosas de toda a primeira fase. Mas tudo ótimo! "Seria um pecado para aqueles que gostam de um bom futebol que uma delas ficasse pelo caminho". Agora, é Espanha no caminho de Portugal e Chile no caminho do Brasil. Duelos europeu e sul-americano que prometem jogos interessantes. E o que é melhor: até o último minuto de partida.
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